segunda-feira, 2 de maio de 2011

Teu Silêncio

Teus olhos anseiam, suaves, perdidos
Pelo perdão que não veio: não houve pedido.
Tu calas.
As lágrimas de ti brotaram
Vindo da mágoa e dor que inda restaram
Correm afoitas...
E a palavra?
A palavra não aconteceu.

Esqueceste-a no infame breu.
Foi esta tua resposta: o silêncio que a paz varreu.


Tua alma me sondas na escuridão
Procurando em minha boca e coração
Qualquer som que te dê esperança
(ficarás somente na lembrança)
Pois ninguém pode falar por ti.
Essa força precisa saber existir.
Mas a boca seca, parva
A garganta doída, trava
E a tua resposta: o silêncio.

Não quero ausências agonizantes
Mas desejaria até um murmurar sonante
E teu silêncio nem em toque fala.
Queria um ecoar da emoção vivida
Pois a palavra é sentimento vivo, da alma parida
É força, grito, tristeza, júbilo:tudo que mais preciso
A latência de soltar a voz é hábito somente, conciso.

Bem sei que há paz na ausência do som
Na doce hora em que o amor promove seu dom
São preciso silêncios para reflexão, para a verdade sentir
Mas, no amor, a palavra é quem chamo
É alegria na doçura do "Eu te amo!"
E esclarece tanto desengano...

Mas tu calas.
É teu conforto. Da alma o aborto.
É teu medo de revelar segredos.
O silêncio da alma é a morte que vem cedo.
Não mais te cales.
Teu silêncio ninguém ouve.




2 comentários:

  1. Linda e profunda inspiração...Que bom te ver! beijos,linda semana,chica

    ResponderExcluir
  2. Tenho andado ausente dos blogues...mas voltei!!
    E encontro esta MARAVILHA de poema!
    Li devagar sorvendo todo o seu significado!
    beijo
    Graça

    ResponderExcluir

Deixe suas palavras aqui... (mas por favor, sem ctrl c ctrl v :D)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Teu Silêncio

Teus olhos anseiam, suaves, perdidos
Pelo perdão que não veio: não houve pedido.
Tu calas.
As lágrimas de ti brotaram
Vindo da mágoa e dor que inda restaram
Correm afoitas...
E a palavra?
A palavra não aconteceu.

Esqueceste-a no infame breu.
Foi esta tua resposta: o silêncio que a paz varreu.


Tua alma me sondas na escuridão
Procurando em minha boca e coração
Qualquer som que te dê esperança
(ficarás somente na lembrança)
Pois ninguém pode falar por ti.
Essa força precisa saber existir.
Mas a boca seca, parva
A garganta doída, trava
E a tua resposta: o silêncio.

Não quero ausências agonizantes
Mas desejaria até um murmurar sonante
E teu silêncio nem em toque fala.
Queria um ecoar da emoção vivida
Pois a palavra é sentimento vivo, da alma parida
É força, grito, tristeza, júbilo:tudo que mais preciso
A latência de soltar a voz é hábito somente, conciso.

Bem sei que há paz na ausência do som
Na doce hora em que o amor promove seu dom
São preciso silêncios para reflexão, para a verdade sentir
Mas, no amor, a palavra é quem chamo
É alegria na doçura do "Eu te amo!"
E esclarece tanto desengano...

Mas tu calas.
É teu conforto. Da alma o aborto.
É teu medo de revelar segredos.
O silêncio da alma é a morte que vem cedo.
Não mais te cales.
Teu silêncio ninguém ouve.




2 comentários:

  1. Linda e profunda inspiração...Que bom te ver! beijos,linda semana,chica

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  2. Tenho andado ausente dos blogues...mas voltei!!
    E encontro esta MARAVILHA de poema!
    Li devagar sorvendo todo o seu significado!
    beijo
    Graça

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