terça-feira, 5 de abril de 2011

Vazio

Desmanchei a trama da Nossa História 
Como linha perdida de lã que não aquece
Desfiando, assim, o novelo da memória
Como quem se despe.
E senti frio.

Esvaziei a Taça do Nosso Amor
Deixei jorrar precioso líquido ao relento

Desdenhando frescura, doçura e sabor
Como quem resseca.
 
E senti sede.

Lancei ao vento migalhas de saudade

Para que em outro solo florescesse 
Tornei estéril a terra de minh'alma
Como quem agoniza.
E senti fome.

Vazia de sentidos caminhei 
Por entre as falhas de minha Sorte
Procurando por outro rumo, outro norte

Sussurando poesia como quem ora
Aguando olhos como quem chora.

Na lama da estrada que percorri
Perdi métrica, sonho e razão

Subsidiei loucura, entrega e emoção
Deixando rastro vago de perfume:

O que sobra, o que resta, o que rasga

Abri meu peito em arroubo infantil

Descobrindo a causa do desassossego vil:

O tempo, tirano, acalma e mata
Com violência do gatilho e o silêncio da faca.

Olhei e cá dentro...

... o coração frio.
Olhei à frente e o caminho

...estava vazio.

7 comentários:

  1. Lindíssimo,Ana! Andas sumida!Que bom te ver!beijos,chica

    ResponderExcluir
  2. Oi Ana, gostei muito dessa frase :

    - O tempo, tirano, acalma e mata
    Com violência do gatilho e o silêncio da faca.

    Muito bom seu poema.

    Beijos moça;

    ResponderExcluir
  3. Esses vazios, essas lacunas na alma...Deixam espaços pra que entre a dor...
    beijos achocolatados

    ResponderExcluir
  4. que coisa mais linda minha querida!!

    saudades de vc!

    beijos e ótimo domingo!

    ResponderExcluir
  5. senti um gosto doce e meio amargo. gostei!

    ResponderExcluir
  6. Há muito corações frios no mundo, mas nem todos os corações são frios...

    Fique com Deus, menina Ana Cristina Cattete.
    Um abraço.

    ResponderExcluir

Deixe suas palavras aqui... (mas por favor, sem ctrl c ctrl v :D)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Vazio

Desmanchei a trama da Nossa História 
Como linha perdida de lã que não aquece
Desfiando, assim, o novelo da memória
Como quem se despe.
E senti frio.

Esvaziei a Taça do Nosso Amor
Deixei jorrar precioso líquido ao relento

Desdenhando frescura, doçura e sabor
Como quem resseca.
 
E senti sede.

Lancei ao vento migalhas de saudade

Para que em outro solo florescesse 
Tornei estéril a terra de minh'alma
Como quem agoniza.
E senti fome.

Vazia de sentidos caminhei 
Por entre as falhas de minha Sorte
Procurando por outro rumo, outro norte

Sussurando poesia como quem ora
Aguando olhos como quem chora.

Na lama da estrada que percorri
Perdi métrica, sonho e razão

Subsidiei loucura, entrega e emoção
Deixando rastro vago de perfume:

O que sobra, o que resta, o que rasga

Abri meu peito em arroubo infantil

Descobrindo a causa do desassossego vil:

O tempo, tirano, acalma e mata
Com violência do gatilho e o silêncio da faca.

Olhei e cá dentro...

... o coração frio.
Olhei à frente e o caminho

...estava vazio.

7 comentários:

  1. Lindíssimo,Ana! Andas sumida!Que bom te ver!beijos,chica

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  2. Oi Ana, gostei muito dessa frase :

    - O tempo, tirano, acalma e mata
    Com violência do gatilho e o silêncio da faca.

    Muito bom seu poema.

    Beijos moça;

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  3. Esses vazios, essas lacunas na alma...Deixam espaços pra que entre a dor...
    beijos achocolatados

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  4. que coisa mais linda minha querida!!

    saudades de vc!

    beijos e ótimo domingo!

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  5. senti um gosto doce e meio amargo. gostei!

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  6. Há muito corações frios no mundo, mas nem todos os corações são frios...

    Fique com Deus, menina Ana Cristina Cattete.
    Um abraço.

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