quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A Trama




Teço os fios em duplo arremate
Para que a História não se desfaça
Que se livre de nós e  embaraços
E não trave diante de qualquer ameaça

Teço a Trama vagarosamente
Desta vez, com cuidado - para que a Pressa de nós se esqueça
Palavra a palavra, toque a toque: a descoberta
Cobrindo nosso Destino com vasto manto
Desarmando toda artimanha da Vida incerta

Os olhares se cruzam
As palmas se unem
A chama se acende...
E a certeza do Encontro garante
Que a História trouxe a História concreta
Levando-nos em silêncio noite adentro
Fio, alma, coração e palma: a Entrega completa

Sem resistir, confesso-me em seu peito
Calando a sede na seda da pele
Inebriada pela fragrância que se expele
Percorrendo os traços por fim
Até nada mais importar, enfim

E não há mais Tristeza ou Dúvida
Pois tua alma meus suspiros retribui
A Trama é fortaleza que nos apraz:
Fez-se o Destino no calor de nossa Paz

E enquanto o dia, enamorado, flui
Cessa, de vez,  ante teu vestígio e tua voz
A carreira da Saudade em seu andar veloz



9 comentários:

  1. Pura poesia instigante, poeta! Maravilhosa!

    ResponderExcluir
  2. Uma trama livre de nós e arremates...Perfeito.

    ResponderExcluir
  3. Nas Tramas de amor nos percamos todos!

    Bjos! :)

    ResponderExcluir
  4. Que belo poema.
    O poeta é mesmo um artesão, que a pressa naõ consegue prender em suas teias. Pois o tempo da poesia é inabitavel

    ResponderExcluir
  5. Oi querida.
    obrigada pela visita as minhas cartas, volte sempre que quiser. ;D

    beijos

    ResponderExcluir
  6. Com fios de luz se constrói a trama de um poema!
    E por aqui, nunca falta inspiração!
    Gosto da tua poesia.
    Beijo
    Graça

    ResponderExcluir
  7. Sempre acreditei que o diálogo profundo, a conversa sobre tudo, o destrinchamento de almas era primordial e vital para o começo de qualquer inicio.

    Como me enganei. Queria saber mais do que te era possivel. Queria resolver (ah, a prepotência...) os tabus que ha tanto revolviam o espirito e entristeciam-te a alma.

    Mas veja: foi por amor. Quero-te feliz.Quero-te livre dessas amarras que te atam ao passado.

    Aprendi que melhor do que o conhecimento total é o respeito ao seu tempo.


    Sei que o dia dessa conversa chegará. Eu espero

    ResponderExcluir
  8. Tem momento que as palavras são desnecessárias, mas nunca os olhares que se liga as alma dos envolvidos.

    Fique com Deus, menina Ana Cristina Cattate.
    Um abraço.

    ResponderExcluir

Deixe suas palavras aqui... (mas por favor, sem ctrl c ctrl v :D)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A Trama




Teço os fios em duplo arremate
Para que a História não se desfaça
Que se livre de nós e  embaraços
E não trave diante de qualquer ameaça

Teço a Trama vagarosamente
Desta vez, com cuidado - para que a Pressa de nós se esqueça
Palavra a palavra, toque a toque: a descoberta
Cobrindo nosso Destino com vasto manto
Desarmando toda artimanha da Vida incerta

Os olhares se cruzam
As palmas se unem
A chama se acende...
E a certeza do Encontro garante
Que a História trouxe a História concreta
Levando-nos em silêncio noite adentro
Fio, alma, coração e palma: a Entrega completa

Sem resistir, confesso-me em seu peito
Calando a sede na seda da pele
Inebriada pela fragrância que se expele
Percorrendo os traços por fim
Até nada mais importar, enfim

E não há mais Tristeza ou Dúvida
Pois tua alma meus suspiros retribui
A Trama é fortaleza que nos apraz:
Fez-se o Destino no calor de nossa Paz

E enquanto o dia, enamorado, flui
Cessa, de vez,  ante teu vestígio e tua voz
A carreira da Saudade em seu andar veloz



9 comentários:

  1. Pura poesia instigante, poeta! Maravilhosa!

    ResponderExcluir
  2. Uma trama livre de nós e arremates...Perfeito.

    ResponderExcluir
  3. Nas Tramas de amor nos percamos todos!

    Bjos! :)

    ResponderExcluir
  4. Que belo poema.
    O poeta é mesmo um artesão, que a pressa naõ consegue prender em suas teias. Pois o tempo da poesia é inabitavel

    ResponderExcluir
  5. Oi querida.
    obrigada pela visita as minhas cartas, volte sempre que quiser. ;D

    beijos

    ResponderExcluir
  6. Com fios de luz se constrói a trama de um poema!
    E por aqui, nunca falta inspiração!
    Gosto da tua poesia.
    Beijo
    Graça

    ResponderExcluir
  7. Sempre acreditei que o diálogo profundo, a conversa sobre tudo, o destrinchamento de almas era primordial e vital para o começo de qualquer inicio.

    Como me enganei. Queria saber mais do que te era possivel. Queria resolver (ah, a prepotência...) os tabus que ha tanto revolviam o espirito e entristeciam-te a alma.

    Mas veja: foi por amor. Quero-te feliz.Quero-te livre dessas amarras que te atam ao passado.

    Aprendi que melhor do que o conhecimento total é o respeito ao seu tempo.


    Sei que o dia dessa conversa chegará. Eu espero

    ResponderExcluir
  8. Tem momento que as palavras são desnecessárias, mas nunca os olhares que se liga as alma dos envolvidos.

    Fique com Deus, menina Ana Cristina Cattate.
    Um abraço.

    ResponderExcluir

Deixe suas palavras aqui... (mas por favor, sem ctrl c ctrl v :D)