terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O Peso do Silêncio



Jamais me acostumei à solidão do silêncio
A esquivar-me de medos, ou do mais soturno segredo
Que fere e reflete a insegurança, a desconfiança.
O silêncio me dói.

Sei ser muitas, sei ser várias
Sei ser mil ombros de consolo
A amparar dores e rancores
A costurar e remendar amores
Mas a impotência me cala.
Diante de teu silêncio.
Não me angustia o frio da noite
Mas o trancar da palavra-açoite.

Teu olhar sinuoso me fere como seta
E, sem sair do alcance de tua vaga névoa,
Sobrevivo fugindo do meu mundo
(de falas vibrantes, de soltos os amantes)
E me curvando diante do teu.

Entrego-me ao teu jeito, teu afeito, teu tempo
Esperando que talvez a fagulha do vento
Traga a memória que te tanto padece
Junto com a brisa, que de leve te aquece.

Quero-te inteiro de formas, de corpo, de alma
Quero-te em paz, e não sorrindo por fora
Quero-te mandando o medo embora
Te guiando por dentro, a calma
Com a alegria que a verdade confere.
Porque teu silêncio te fere.

E tua dor é a minha
Tua angústia me fez vizinha
E a cada passo teu, atrás o meu estará
A esperar que de teu silêncio
Seja breve o despertar.

Esperarei.
Cada dia, todo dia
A cada mês, sem qualquer engano
Em cada sorriso, durante todo ano.
Sempre. Para sempre.





7 comentários:

  1. Esperança não deve faltar...Lindo!beijos,lindo dia,chica

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  2. Que o silêncio seja a introdução de uma vida de versos...pra sempre.

    Beijos Ana.

    Seu blog já está linkado no meu.

    ResponderExcluir
  3. Há quem diga que o silêncio fala. Pode até ser mas, quando ele cala dói fundo e, aí, sou como vc:

    "Jamais me acostumei à solidão do silêncio..."

    Bjos estalados pra fazer barulho! :)

    ResponderExcluir
  4. Há pessoas que gostam de que eu fale sinceramente com elas, mesmo que de modo crítico. Ficam mais amigas ainda. Percebo nessas mesmas pessoas, sentirem antipatia por aquelas que falam macio, mas nas costas...

    ResponderExcluir
  5. Há pessoas que gostam de que eu fale sinceramente com elas, mesmo que de modo crítico. Ficam mais amigas ainda. Percebo nessas mesmas pessoas, sentirem antipatia por aquelas que falam macio, mas nas costas...http://grandeonda.blogspot.com

    ResponderExcluir
  6. Sempre acreditei que o dialogo, a conversa sobre tudo, o destrinchamento de almas seria como que o comeco de qualquer inicio.

    Como me enganei. Queria saber mais do que lhe era possivel. Queria resolver (ah, a prepotencia...) os tabus que ha tanto revolviam o espirito e entristeciam-te a alma.

    Mas veja: quero-te feliz.Quero-te livre dessas amarras que te atam ao passado.

    Aprendi, porem, que melhor que o conhecimento e o respeito ao seu tempo.


    Sei que o dia dessa conversa chegara. Eu espero.

    ResponderExcluir
  7. Para mim, você descreveu a amizade em forma mais sincera, em se importar com o outro...

    Fique com Deus, menina Ana Cristina Cattate.
    Um abraço.

    ResponderExcluir

Deixe suas palavras aqui... (mas por favor, sem ctrl c ctrl v :D)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O Peso do Silêncio



Jamais me acostumei à solidão do silêncio
A esquivar-me de medos, ou do mais soturno segredo
Que fere e reflete a insegurança, a desconfiança.
O silêncio me dói.

Sei ser muitas, sei ser várias
Sei ser mil ombros de consolo
A amparar dores e rancores
A costurar e remendar amores
Mas a impotência me cala.
Diante de teu silêncio.
Não me angustia o frio da noite
Mas o trancar da palavra-açoite.

Teu olhar sinuoso me fere como seta
E, sem sair do alcance de tua vaga névoa,
Sobrevivo fugindo do meu mundo
(de falas vibrantes, de soltos os amantes)
E me curvando diante do teu.

Entrego-me ao teu jeito, teu afeito, teu tempo
Esperando que talvez a fagulha do vento
Traga a memória que te tanto padece
Junto com a brisa, que de leve te aquece.

Quero-te inteiro de formas, de corpo, de alma
Quero-te em paz, e não sorrindo por fora
Quero-te mandando o medo embora
Te guiando por dentro, a calma
Com a alegria que a verdade confere.
Porque teu silêncio te fere.

E tua dor é a minha
Tua angústia me fez vizinha
E a cada passo teu, atrás o meu estará
A esperar que de teu silêncio
Seja breve o despertar.

Esperarei.
Cada dia, todo dia
A cada mês, sem qualquer engano
Em cada sorriso, durante todo ano.
Sempre. Para sempre.





7 comentários:

  1. Esperança não deve faltar...Lindo!beijos,lindo dia,chica

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  2. Que o silêncio seja a introdução de uma vida de versos...pra sempre.

    Beijos Ana.

    Seu blog já está linkado no meu.

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  3. Há quem diga que o silêncio fala. Pode até ser mas, quando ele cala dói fundo e, aí, sou como vc:

    "Jamais me acostumei à solidão do silêncio..."

    Bjos estalados pra fazer barulho! :)

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  4. Há pessoas que gostam de que eu fale sinceramente com elas, mesmo que de modo crítico. Ficam mais amigas ainda. Percebo nessas mesmas pessoas, sentirem antipatia por aquelas que falam macio, mas nas costas...

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  5. Há pessoas que gostam de que eu fale sinceramente com elas, mesmo que de modo crítico. Ficam mais amigas ainda. Percebo nessas mesmas pessoas, sentirem antipatia por aquelas que falam macio, mas nas costas...http://grandeonda.blogspot.com

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  6. Sempre acreditei que o dialogo, a conversa sobre tudo, o destrinchamento de almas seria como que o comeco de qualquer inicio.

    Como me enganei. Queria saber mais do que lhe era possivel. Queria resolver (ah, a prepotencia...) os tabus que ha tanto revolviam o espirito e entristeciam-te a alma.

    Mas veja: quero-te feliz.Quero-te livre dessas amarras que te atam ao passado.

    Aprendi, porem, que melhor que o conhecimento e o respeito ao seu tempo.


    Sei que o dia dessa conversa chegara. Eu espero.

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  7. Para mim, você descreveu a amizade em forma mais sincera, em se importar com o outro...

    Fique com Deus, menina Ana Cristina Cattate.
    Um abraço.

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