terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Guerra e Paz: O Destino Do Poeta


A qualquer hora, qualquer momento
Mil palavras povoam a mente
Embaçam, lutando sem pena ou lamento
Tentando formar a frase: força corrente

As vezes sem nexo, muitas vezes sem rumo
A caneta segue, procurando seu prumo
Na ordem, no caos, o coração reclama
Por explanar no papel a força de sua chama

A alma, doída, de tanto ir e vir
Ainda tenta sua vez de gritar
Mas esta, ninguém quer ouvir:
Trova de dor é mais eficaz

O que fazer se este jogo
Consome todo meu ser?
O que fazer se o fogo
Me invade, cega ao escrever?

As vezes, bonança e paz
Recheados de ternura que enleva
As vezes tomado pelo amargor
O papel é repleto de trevas.

E assim, cada dia, mes e ano
Em sonhos de guerra e paz
Vivo num eterno pensar:
Não é acaso, sorte ou plano
É o destino que o escrever me traz.

4 comentários:

  1. Lindíssimo!!!!
    " Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente e não a gente a ele!" (Mário Quintana).

    "É preciso muito pouco.
    A alegria está muito próxima.
    Mora no momento.
    Perdemos a alegria porque
    pensamos que ela virá no futuro,
    depois de algum evento
    portentoso que mudará a nossa vida"

    (Rubem Alves)

    Desejo uma linda semana com muito amor, paz e carinho.
    Abraços com todo meu carinho.

    ResponderExcluir
  2. Bacana, essa guerra realmente é verdadeira e sempre bem vinda, nada como colocar no papel tudo aquilo que está latejando em nosso cerebro.

    Abs

    ResponderExcluir
  3. Ana Cristina!

    Li uma vez e sempre lembro Goethe, que enquanto o poeta exprime apenas sentimentos subjetivos , ainda não merece ser chamado de tal.
    Mas assim que ele se apropria do mundo e o exprime, faz-se poeta .
    E então acredito que é assim, ele torna-se inesgotável e pode ser sempre novo.

    Gostei de teu poema!

    Um beijo

    ResponderExcluir
  4. Tá pensando que escrever é mole é? kkkkkkk

    Tá certo, não sou poeta e nem me acho como tal, mas, que seu poema tem razão, tem sim!

    Bem articulado!

    bjs
    O Sibarita

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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Guerra e Paz: O Destino Do Poeta


A qualquer hora, qualquer momento
Mil palavras povoam a mente
Embaçam, lutando sem pena ou lamento
Tentando formar a frase: força corrente

As vezes sem nexo, muitas vezes sem rumo
A caneta segue, procurando seu prumo
Na ordem, no caos, o coração reclama
Por explanar no papel a força de sua chama

A alma, doída, de tanto ir e vir
Ainda tenta sua vez de gritar
Mas esta, ninguém quer ouvir:
Trova de dor é mais eficaz

O que fazer se este jogo
Consome todo meu ser?
O que fazer se o fogo
Me invade, cega ao escrever?

As vezes, bonança e paz
Recheados de ternura que enleva
As vezes tomado pelo amargor
O papel é repleto de trevas.

E assim, cada dia, mes e ano
Em sonhos de guerra e paz
Vivo num eterno pensar:
Não é acaso, sorte ou plano
É o destino que o escrever me traz.

4 comentários:

  1. Lindíssimo!!!!
    " Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente e não a gente a ele!" (Mário Quintana).

    "É preciso muito pouco.
    A alegria está muito próxima.
    Mora no momento.
    Perdemos a alegria porque
    pensamos que ela virá no futuro,
    depois de algum evento
    portentoso que mudará a nossa vida"

    (Rubem Alves)

    Desejo uma linda semana com muito amor, paz e carinho.
    Abraços com todo meu carinho.

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  2. Bacana, essa guerra realmente é verdadeira e sempre bem vinda, nada como colocar no papel tudo aquilo que está latejando em nosso cerebro.

    Abs

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  3. Ana Cristina!

    Li uma vez e sempre lembro Goethe, que enquanto o poeta exprime apenas sentimentos subjetivos , ainda não merece ser chamado de tal.
    Mas assim que ele se apropria do mundo e o exprime, faz-se poeta .
    E então acredito que é assim, ele torna-se inesgotável e pode ser sempre novo.

    Gostei de teu poema!

    Um beijo

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  4. Tá pensando que escrever é mole é? kkkkkkk

    Tá certo, não sou poeta e nem me acho como tal, mas, que seu poema tem razão, tem sim!

    Bem articulado!

    bjs
    O Sibarita

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