Eis aqui, retiro de meus bolsos
Pétalas de tulipas que busquei
Além mar, além dor, além de mim
De meu alguidar ofereço
Musgo da pedra de Andrômeda
Verde esperança frente à morte
Deixo a teus pés fria água
Da fonte eterna de León
Feito Vida que escorre entre dedos
Trago flores das bodas de Helena
Madrepérola da concha de Afrodite
Néctar doce do Olimpo
Pão do céu, maná e mel
A Caixa de Pandora
e seus mistérios.
Essas coisas são isto: são coisas
Que, vago, distribuo aqui, ali
Dando algo a cada um
A quem for considerado por mim
E do meu peito, a pequena carne
Tão abjeta, viraram-lhe as costas
Tão ínfima diante do que eram
Belos presentes colhidos no Tempo:
O que trago no peito, reservo (por hoje).
Um dia hei de dá-lo a quem
Assim como eu, souber amar
E de corpo vazio amarei ainda mais.
Hoje não.
Hoje só digo:
"Volte, coração, volte pro peito
Bate aqui, bate forte, direito.
Ainda não chegou sua vez
Para tua voz ainda não há pleito"
.
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sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Presentes
Eis aqui, retiro de meus bolsos
Pétalas de tulipas que busquei
Além mar, além dor, além de mim
De meu alguidar ofereço
Musgo da pedra de Andrômeda
Verde esperança frente à morte
Deixo a teus pés fria água
Da fonte eterna de León
Feito Vida que escorre entre dedos
Trago flores das bodas de Helena
Madrepérola da concha de Afrodite
Néctar doce do Olimpo
Pão do céu, maná e mel
A Caixa de Pandora
e seus mistérios.
Essas coisas são isto: são coisas
Que, vago, distribuo aqui, ali
Dando algo a cada um
A quem for considerado por mim
E do meu peito, a pequena carne
Tão abjeta, viraram-lhe as costas
Tão ínfima diante do que eram
Belos presentes colhidos no Tempo:
O que trago no peito, reservo (por hoje).
Um dia hei de dá-lo a quem
Assim como eu, souber amar
E de corpo vazio amarei ainda mais.
Hoje não.
Hoje só digo:
"Volte, coração, volte pro peito
Bate aqui, bate forte, direito.
Ainda não chegou sua vez
Para tua voz ainda não há pleito"
Pétalas de tulipas que busquei
Além mar, além dor, além de mim
De meu alguidar ofereço
Musgo da pedra de Andrômeda
Verde esperança frente à morte
Deixo a teus pés fria água
Da fonte eterna de León
Feito Vida que escorre entre dedos
Trago flores das bodas de Helena
Madrepérola da concha de Afrodite
Néctar doce do Olimpo
Pão do céu, maná e mel
A Caixa de Pandora
e seus mistérios.
Essas coisas são isto: são coisas
Que, vago, distribuo aqui, ali
Dando algo a cada um
A quem for considerado por mim
E do meu peito, a pequena carne
Tão abjeta, viraram-lhe as costas
Tão ínfima diante do que eram
Belos presentes colhidos no Tempo:
O que trago no peito, reservo (por hoje).
Um dia hei de dá-lo a quem
Assim como eu, souber amar
E de corpo vazio amarei ainda mais.
Hoje não.
Hoje só digo:
"Volte, coração, volte pro peito
Bate aqui, bate forte, direito.
Ainda não chegou sua vez
Para tua voz ainda não há pleito"
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