quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Hoje sorri

Sorri hoje tristemente.
Parece-me que em outra vida
Em outra era adormecida
Fui querida.
Sonhava então comovida:
Havia secado a ferida?
Enfim chegara o dia
Da união de almas
Que só ouvia em histórias
Dentro de minhas memórias?

Quis a teu lado pensar em flores:
Murcharam.
Quis entender o silêncio:
Gritei...a voz perdeu-se em teu vazio.

Quis amar o amor
Quis amar o desejo
Quis amar a ternura 
Mas...
Amei... a vontade de amar
Amei... a ilusão do meu querer
Amei... amei só. Sozinha.

A alma pediu
O corpo implorou
O coração (pobre coração)
Quis, de toda sorte, obedecer
E te amar perdidamente.
Com o briho que o amor merece
Com suas dores, choros, enlêvos e saudades!
E condensou-se em força, sem pesar ou pensar
Fez-se mudo, surdo a si próprio
Para que o destino, por si
Se encarregasse (pobre destino) de derramar 
As bençãos e esplendores da paixão.

Porém...
O coração esquece.
Esquece que faz sozinho sua morada
No ninho que lhe aprouver.
Esquece que não é dono ou escravo.
Que é tão puro e sublime
Que não carece de esforço
Ou de forças extraordinárias.
É...garras, asas, fortaleza...é liberdade.
Amor não se pede,
Amor não se implora.
Amor sequer é destino.
O amor é.
Somente.

Hoje sorri tristemente.
Porque entendi.


"O que não escrevi, calou-me.
O que não fiz, partiu-me.
O que não senti, doeu-se.
O que não vivi, morreu-se.
O que adiei, adeus-se."

Affonso Romano de Sant'Anna

4 comentários:

  1. ...
    Meu sorriso
    Por voltar a ler letrinhas suas.
    Abraço.
    ...

    ResponderExcluir
  2. Voltar a sorrir é um lindo recomeço...beijos,tudo de bom,chica

    ResponderExcluir
  3. Parece que o amor é um existência a parte dentro de nós...

    Fique com Deus, menina Ana Cristina Cattate.
    Um abraço.

    ResponderExcluir
  4. Amei, amei mesmo.Até copiei.
    Querida obrigadissimo pelo comentario.
    bjs

    ResponderExcluir

Deixe suas palavras aqui... (mas por favor, sem ctrl c ctrl v :D)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Hoje sorri

Sorri hoje tristemente.
Parece-me que em outra vida
Em outra era adormecida
Fui querida.
Sonhava então comovida:
Havia secado a ferida?
Enfim chegara o dia
Da união de almas
Que só ouvia em histórias
Dentro de minhas memórias?

Quis a teu lado pensar em flores:
Murcharam.
Quis entender o silêncio:
Gritei...a voz perdeu-se em teu vazio.

Quis amar o amor
Quis amar o desejo
Quis amar a ternura 
Mas...
Amei... a vontade de amar
Amei... a ilusão do meu querer
Amei... amei só. Sozinha.

A alma pediu
O corpo implorou
O coração (pobre coração)
Quis, de toda sorte, obedecer
E te amar perdidamente.
Com o briho que o amor merece
Com suas dores, choros, enlêvos e saudades!
E condensou-se em força, sem pesar ou pensar
Fez-se mudo, surdo a si próprio
Para que o destino, por si
Se encarregasse (pobre destino) de derramar 
As bençãos e esplendores da paixão.

Porém...
O coração esquece.
Esquece que faz sozinho sua morada
No ninho que lhe aprouver.
Esquece que não é dono ou escravo.
Que é tão puro e sublime
Que não carece de esforço
Ou de forças extraordinárias.
É...garras, asas, fortaleza...é liberdade.
Amor não se pede,
Amor não se implora.
Amor sequer é destino.
O amor é.
Somente.

Hoje sorri tristemente.
Porque entendi.


"O que não escrevi, calou-me.
O que não fiz, partiu-me.
O que não senti, doeu-se.
O que não vivi, morreu-se.
O que adiei, adeus-se."

Affonso Romano de Sant'Anna

4 comentários:

  1. ...
    Meu sorriso
    Por voltar a ler letrinhas suas.
    Abraço.
    ...

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  2. Voltar a sorrir é um lindo recomeço...beijos,tudo de bom,chica

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  3. Parece que o amor é um existência a parte dentro de nós...

    Fique com Deus, menina Ana Cristina Cattate.
    Um abraço.

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  4. Amei, amei mesmo.Até copiei.
    Querida obrigadissimo pelo comentario.
    bjs

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