terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Seu Descaso


Entre ...
Deixei a porta entreaberta do coração
Entre e veja o estrago desse ancião
Essa palavra tão triste
Que minha emoção ainda insiste
Em chamar de amor

Senta ...
Aqui do lado e escute
Tudo que eu tenho a dizer
Saiba como estou a viver
Todos os dias em riste
A tentar te esquecer

Veja bem ...
Esse descaso me apunhalou
Fez de mim um trapo da pessoa que sou
E a andar sozinha novamente estou
Não sei se é destino todo esse mal
Que sem querer voce causou

Ouça ...
O meu peito já não agüenta tanta indiferença
Logo eu, que tinha no amor tanta crença
Hoje, já chorei de saudade
Mendigando a caridade
De ser amada de verdade

Me deixe ...
Que esse luto um dia há de passar
E talvez um dia eu consiga até me perdoar
Por querer me entregar
Sem medo ou pesar
E abrir meu coração de novo
Exibindo um sorriso menos doloroso
E poder sentir a paz enfim chegar


[ uma pequena explicação cabe aqui (deixei-a ali do lado direito também) : nem toda poesia que escrevo condiz com meu estado de espirito, com meu momento atual. Essa por exemplo, foi encomenda de e para um grande amigo. Alias, para quem não sabia: escrevo sob encomenda também. Não é comércio de palavras. Mas se posso ajudar pessoas a se expressar atraves de versos, o faço com o maior prazer =) ]

19 comentários:

  1. Espero que o amigo que encomendou estas palavras, tenha esboçado no seu olhar triste um sorriso menos doloroso, e que a paz tenha enfim chegado ao seu coração.

    Belo poema, aliás como sempre. Beijinho :)

    ResponderExcluir
  2. Bom saber Ana, pois se um dia eu precisar, com certeza recorreria a você!! Poetisa mega talentosa!! um grande beijo

    ResponderExcluir
  3. Concordo com vc...
    Nem tudo que escrevemos, necessariamente sentimos.
    E nem tudo o que sentimos, necessariamente escrevemos.
    Escrever sob encomenda vale, concordo.
    Tem pessoas que querem expressar o que sente, mas não conseguem... isso ajuda bastante.

    Ahhh sim... comentando sobre seu texto.
    Achei lindo... Muito mesmo.
    Diria que foi um dos melhores seus que li.
    Parabéns, minha doce amiga.

    Ótima noite de descanso.
    Beijão.

    ResponderExcluir
  4. Que engraçado Ana este poema parece que foi encomendado para mim. Também eu já me senti assim, mas felizmente compreendi que gosto de mim como sou e não preciso de andar a mendigar amor para me sentir feli. Alguém um dia me saberá dar o valor tal e qual como eu dou agora e nessa altura estarei de braços abertos para o receber.
    Adorei o poema.

    endigar amor, um belo tema para um poema, não achas?
    Beijo

    ResponderExcluir
  5. Mas a gente tem que buscar em algum lugar da alma o sentimento.
    Lindo poema que se encerra com uma esperança que é a mesma que nos ajuda a suportar esses revezes.
    beijos

    ResponderExcluir
  6. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  7. Muito interessante esta postura, digamos, de doação do talento. Curioso em saber mais como isso funciona.
    Cadinho RoCo

    ResponderExcluir
  8. Imaginei sua poesia como se fosse uma canção!
    =)

    ResponderExcluir
  9. Angela e Cadinho: na maior parte das vezes, deito-me com papel e lápis e tento me colocar no lugar da pessoa.Claro que procuro em mim emoções adormecidas algumas vezes.
    Mas em alguns casos não. Como da mãe que aborta o filho, por ex, esta não tive como mergulhar em mim. Mergulhei nas palavras de uma outra amiga que quqeria expurgar o mau sentimento que aconteceu logo apos o ato.

    Se eu conhecer a pessoa, fica mais fácil. Se não, preciso saber um pouco de sua vida, de seus sentimentos, etc. Normalmente se a pessoa tem blog ou escreve, fica mais fácil. Já escrevi para aniverário, para missa se sétimo dia, para celebrar nascimentos. Não é difícil, é só um pouco...assim...diferente.

    E é muito gratificante receber o sorriso como pagamento. Ou a lágrima.

    =)

    ResponderExcluir
  10. ...
    Oie, Ana Cristina.
    Posso até repetir os amigos, mas suas letrinhas sempre me encantam.Eu também queria estas letrinhas pra mim...
    Beijos.
    ...

    ResponderExcluir
  11. Olá Cris, voltei,fui obrigada a excluir o comentário anterior, percebi que cometi um erro de ortografia e fiquei muito incomodada, me cobro muito com isso, não consegui consertar então excluí. De qualquer forma volto a mensionar o agradecimento pela sua visita e comentário. Digo ainda que realmente é muito difícil dominarmos os sofrimentos, mas da mesma forma afirmo, são eles os reais responsáveis por nosso crescimento e aprendizado, podemos até vir a sofrer novamente, mas com certeza por motivos distintos, eis o domínio. Um beijo amiga e volte sempre!

    ResponderExcluir
  12. Por partes. Ana, descaso ninguém merece,né. Quer me irritar é virar as costas quando falo.Ai,ai
    ///
    Que bom que você disse isso, de que nem sempre a poesia que faz, reflete o real estado de espírito. No meu caso também não.As pessoas, acostumadas por eu ser intenso,declarado, explícito, qualquer coisa que eu escreva que sugira um meio baixo astral, já preocupam logo."ihh, O Carlos está mal, está falando de saudade". "Ihh está com raiva de alguém porque fez poesia revoltada". Por aí.
    ///
    Sabia que fiz poesias pra pessoas que eu mesmo não tenho? E já fiz por encomenda sim.Claro, preciso conhecer a pessoa mais a fundo. Uma vez uma amiga negra, muito linda, pediu: "Carlos, semana que vem e meu níver. faz uma poesia pra mim?". eu fiz destacando a beleza dela em paralelo com a noite. Não tenho a poesia, ela até mora na cidade, mas não a vi mais. Meu amigo cunhado dela, diz que casou-se e meu poema está lá na parede dela. Lindo isso,não?. Lembro um trechinho: 'a noite é negra, a noite é linda, a noite é mulher, que sorri me dando estrelas, quanto mais negra mais eu quero ainda'. Parabéns pelo seu poema.BEIJOSS amiga

    ResponderExcluir
  13. Ana Cristina, a dor de abortar um filho, é uma dor atroz, como uma mão gigante que nos rasga o ventre. É uma dor que nos divide em dois, como se separasse a terra do mar. Depois fica o vazio, o silêncio. As lágrimas são inuteis. O nosso coração bate de novo sozinho.

    Desculpa o desabafo, mas há feridas que demoram mais a sarar, apesar de nos conformarmos com a dor e de encontrarmos o carinho e o conforto perdidos, nos que nos rodeiam.

    Deve ter ficado lindo esse poema. Beijinhos :)

    ResponderExcluir
  14. Mas vc escreve tão bem e com tanta emoção que eu poderia jurar que era isso que vc estava sentindo, um misto de decepção com tristeza. Lindooo...

    ResponderExcluir
  15. Linda, que maneira linda de ajudar seus amigos(as)!!!

    Sabe eu tb escrevo sobre encomenda rsrsrsr...
    Ficou uma graça como sempre Flor!!!


    Um grande beijo

    ResponderExcluir
  16. Eu ja vivi esse descaso,,,a vida as vezes nos prega cada peça....senti,,,sofri,,chorei,,,tentei consertar algo que nem sei se conseguiria,,,e por fim,,,não desisti,,,apenas cheguei a conclusão que aquela pessoa não valeria a pena.....beijos e um dia lindo pra ti...

    ResponderExcluir
  17. É assim mesmo, poetas e poetisas expressam as dores do mundo e de todos. Nem se preocupe. Muito bonita essa poesia, a porta aberta e fechada, oras... a vida é assim mesmo.
    Beijinhos

    ResponderExcluir
  18. Cheguei aqui !!! :) e adorei! Vou passear por aqui para conhecer melhor.

    Tenho conseguido postar sim, mas tenho tido outros probleminhas :(

    beijão

    ResponderExcluir
  19. É por vezes também não escrevo sobre o que sinto, as vezes escrevo sobre sentimentos e acham que é sobre mim, mas nem tudo é sobre mim.

    Também escrevo por encomenda rsrsrs, mas deixe-me dizer que o fato de não ser você nessas linhas, não tira o mérito, está lindo!

    E vc sabe Ana que pra escrevermos algo assim, mesmo não sendo conosco, temos que sentir, não é verdade?
    Então mesmo não sendo Drinks e afins, um brinde a pessoa cheia de sentimentos que é você!

    Milhões de beijos

    ResponderExcluir

Deixe suas palavras aqui... (mas por favor, sem ctrl c ctrl v :D)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Seu Descaso


Entre ...
Deixei a porta entreaberta do coração
Entre e veja o estrago desse ancião
Essa palavra tão triste
Que minha emoção ainda insiste
Em chamar de amor

Senta ...
Aqui do lado e escute
Tudo que eu tenho a dizer
Saiba como estou a viver
Todos os dias em riste
A tentar te esquecer

Veja bem ...
Esse descaso me apunhalou
Fez de mim um trapo da pessoa que sou
E a andar sozinha novamente estou
Não sei se é destino todo esse mal
Que sem querer voce causou

Ouça ...
O meu peito já não agüenta tanta indiferença
Logo eu, que tinha no amor tanta crença
Hoje, já chorei de saudade
Mendigando a caridade
De ser amada de verdade

Me deixe ...
Que esse luto um dia há de passar
E talvez um dia eu consiga até me perdoar
Por querer me entregar
Sem medo ou pesar
E abrir meu coração de novo
Exibindo um sorriso menos doloroso
E poder sentir a paz enfim chegar


[ uma pequena explicação cabe aqui (deixei-a ali do lado direito também) : nem toda poesia que escrevo condiz com meu estado de espirito, com meu momento atual. Essa por exemplo, foi encomenda de e para um grande amigo. Alias, para quem não sabia: escrevo sob encomenda também. Não é comércio de palavras. Mas se posso ajudar pessoas a se expressar atraves de versos, o faço com o maior prazer =) ]

19 comentários:

  1. Espero que o amigo que encomendou estas palavras, tenha esboçado no seu olhar triste um sorriso menos doloroso, e que a paz tenha enfim chegado ao seu coração.

    Belo poema, aliás como sempre. Beijinho :)

    ResponderExcluir
  2. Bom saber Ana, pois se um dia eu precisar, com certeza recorreria a você!! Poetisa mega talentosa!! um grande beijo

    ResponderExcluir
  3. Concordo com vc...
    Nem tudo que escrevemos, necessariamente sentimos.
    E nem tudo o que sentimos, necessariamente escrevemos.
    Escrever sob encomenda vale, concordo.
    Tem pessoas que querem expressar o que sente, mas não conseguem... isso ajuda bastante.

    Ahhh sim... comentando sobre seu texto.
    Achei lindo... Muito mesmo.
    Diria que foi um dos melhores seus que li.
    Parabéns, minha doce amiga.

    Ótima noite de descanso.
    Beijão.

    ResponderExcluir
  4. Que engraçado Ana este poema parece que foi encomendado para mim. Também eu já me senti assim, mas felizmente compreendi que gosto de mim como sou e não preciso de andar a mendigar amor para me sentir feli. Alguém um dia me saberá dar o valor tal e qual como eu dou agora e nessa altura estarei de braços abertos para o receber.
    Adorei o poema.

    endigar amor, um belo tema para um poema, não achas?
    Beijo

    ResponderExcluir
  5. Mas a gente tem que buscar em algum lugar da alma o sentimento.
    Lindo poema que se encerra com uma esperança que é a mesma que nos ajuda a suportar esses revezes.
    beijos

    ResponderExcluir
  6. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  7. Muito interessante esta postura, digamos, de doação do talento. Curioso em saber mais como isso funciona.
    Cadinho RoCo

    ResponderExcluir
  8. Imaginei sua poesia como se fosse uma canção!
    =)

    ResponderExcluir
  9. Angela e Cadinho: na maior parte das vezes, deito-me com papel e lápis e tento me colocar no lugar da pessoa.Claro que procuro em mim emoções adormecidas algumas vezes.
    Mas em alguns casos não. Como da mãe que aborta o filho, por ex, esta não tive como mergulhar em mim. Mergulhei nas palavras de uma outra amiga que quqeria expurgar o mau sentimento que aconteceu logo apos o ato.

    Se eu conhecer a pessoa, fica mais fácil. Se não, preciso saber um pouco de sua vida, de seus sentimentos, etc. Normalmente se a pessoa tem blog ou escreve, fica mais fácil. Já escrevi para aniverário, para missa se sétimo dia, para celebrar nascimentos. Não é difícil, é só um pouco...assim...diferente.

    E é muito gratificante receber o sorriso como pagamento. Ou a lágrima.

    =)

    ResponderExcluir
  10. ...
    Oie, Ana Cristina.
    Posso até repetir os amigos, mas suas letrinhas sempre me encantam.Eu também queria estas letrinhas pra mim...
    Beijos.
    ...

    ResponderExcluir
  11. Olá Cris, voltei,fui obrigada a excluir o comentário anterior, percebi que cometi um erro de ortografia e fiquei muito incomodada, me cobro muito com isso, não consegui consertar então excluí. De qualquer forma volto a mensionar o agradecimento pela sua visita e comentário. Digo ainda que realmente é muito difícil dominarmos os sofrimentos, mas da mesma forma afirmo, são eles os reais responsáveis por nosso crescimento e aprendizado, podemos até vir a sofrer novamente, mas com certeza por motivos distintos, eis o domínio. Um beijo amiga e volte sempre!

    ResponderExcluir
  12. Por partes. Ana, descaso ninguém merece,né. Quer me irritar é virar as costas quando falo.Ai,ai
    ///
    Que bom que você disse isso, de que nem sempre a poesia que faz, reflete o real estado de espírito. No meu caso também não.As pessoas, acostumadas por eu ser intenso,declarado, explícito, qualquer coisa que eu escreva que sugira um meio baixo astral, já preocupam logo."ihh, O Carlos está mal, está falando de saudade". "Ihh está com raiva de alguém porque fez poesia revoltada". Por aí.
    ///
    Sabia que fiz poesias pra pessoas que eu mesmo não tenho? E já fiz por encomenda sim.Claro, preciso conhecer a pessoa mais a fundo. Uma vez uma amiga negra, muito linda, pediu: "Carlos, semana que vem e meu níver. faz uma poesia pra mim?". eu fiz destacando a beleza dela em paralelo com a noite. Não tenho a poesia, ela até mora na cidade, mas não a vi mais. Meu amigo cunhado dela, diz que casou-se e meu poema está lá na parede dela. Lindo isso,não?. Lembro um trechinho: 'a noite é negra, a noite é linda, a noite é mulher, que sorri me dando estrelas, quanto mais negra mais eu quero ainda'. Parabéns pelo seu poema.BEIJOSS amiga

    ResponderExcluir
  13. Ana Cristina, a dor de abortar um filho, é uma dor atroz, como uma mão gigante que nos rasga o ventre. É uma dor que nos divide em dois, como se separasse a terra do mar. Depois fica o vazio, o silêncio. As lágrimas são inuteis. O nosso coração bate de novo sozinho.

    Desculpa o desabafo, mas há feridas que demoram mais a sarar, apesar de nos conformarmos com a dor e de encontrarmos o carinho e o conforto perdidos, nos que nos rodeiam.

    Deve ter ficado lindo esse poema. Beijinhos :)

    ResponderExcluir
  14. Mas vc escreve tão bem e com tanta emoção que eu poderia jurar que era isso que vc estava sentindo, um misto de decepção com tristeza. Lindooo...

    ResponderExcluir
  15. Linda, que maneira linda de ajudar seus amigos(as)!!!

    Sabe eu tb escrevo sobre encomenda rsrsrsr...
    Ficou uma graça como sempre Flor!!!


    Um grande beijo

    ResponderExcluir
  16. Eu ja vivi esse descaso,,,a vida as vezes nos prega cada peça....senti,,,sofri,,chorei,,,tentei consertar algo que nem sei se conseguiria,,,e por fim,,,não desisti,,,apenas cheguei a conclusão que aquela pessoa não valeria a pena.....beijos e um dia lindo pra ti...

    ResponderExcluir
  17. É assim mesmo, poetas e poetisas expressam as dores do mundo e de todos. Nem se preocupe. Muito bonita essa poesia, a porta aberta e fechada, oras... a vida é assim mesmo.
    Beijinhos

    ResponderExcluir
  18. Cheguei aqui !!! :) e adorei! Vou passear por aqui para conhecer melhor.

    Tenho conseguido postar sim, mas tenho tido outros probleminhas :(

    beijão

    ResponderExcluir
  19. É por vezes também não escrevo sobre o que sinto, as vezes escrevo sobre sentimentos e acham que é sobre mim, mas nem tudo é sobre mim.

    Também escrevo por encomenda rsrsrs, mas deixe-me dizer que o fato de não ser você nessas linhas, não tira o mérito, está lindo!

    E vc sabe Ana que pra escrevermos algo assim, mesmo não sendo conosco, temos que sentir, não é verdade?
    Então mesmo não sendo Drinks e afins, um brinde a pessoa cheia de sentimentos que é você!

    Milhões de beijos

    ResponderExcluir

Deixe suas palavras aqui... (mas por favor, sem ctrl c ctrl v :D)