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terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Emboscada: Um Coração Ferido
Certo dia, no sertão
Uma moça, pura então
Olhou para uns olhos de mar
E a eles quis encantar.
Os olhos, seu corpo percorriam
E o desejo se fez urgente
E na poeira do chão quente
Esse homem, vil serpente
Tomou da moça o corpo
E quis com ele brincar.
Essa menina corrompida
Logo depois do ocorrido
Quis dar cabo da própria vida
Fez no peito uma ferida
Com o facão de alma antiga.
Da chaga ela se curou
Mas nunca perdoou
Aquele de olhos nublados
Que sumiu, em desagrado.
Essa moça, magoada
Lembra sempre da cena passada
Chora sozinha, escondida
As lágrimas correm, sofridas
Pela face magoada e sem vida.
Passaram-se um ano ou dois
E o homem voltou à cidade
Sem lembrar da atrocidade
Que em outros idos cometeu.
Mas o pai da tal menina
Concluiu a sua sina
Usando o mesmo facão
Que feriu da moça o coração.
E os olhos de maresia
Já não vêem a luz do dia
Caiu por terra o varão
Que não teve pena ou senão
Por causar tão sentida ilusão.
Hoje, a beira da estrada
Num canto, numa encruzilhada
Pode-se ver uma cruz
E a placa lá fincada:
“Aqui jaz uma alma dura
Que muito fez padecer
Que venha a ele o caos
A desventura e o mal querer”
E assim termina a estória
Que guardei bem na memória
É meu destino lembrar
Que a moça que chorou
Ainda vive no peito meu
Ela é de mim um traço
Que hoje quero esquecer
Ou então ter outra sorte
Entregando meu viver
Aos braços da santa Morte .
Uma moça, pura então
Olhou para uns olhos de mar
E a eles quis encantar.
Os olhos, seu corpo percorriam
E o desejo se fez urgente
E na poeira do chão quente
Esse homem, vil serpente
Tomou da moça o corpo
E quis com ele brincar.
Essa menina corrompida
Logo depois do ocorrido
Quis dar cabo da própria vida
Fez no peito uma ferida
Com o facão de alma antiga.
Da chaga ela se curou
Mas nunca perdoou
Aquele de olhos nublados
Que sumiu, em desagrado.
Essa moça, magoada
Lembra sempre da cena passada
Chora sozinha, escondida
As lágrimas correm, sofridas
Pela face magoada e sem vida.
Passaram-se um ano ou dois
E o homem voltou à cidade
Sem lembrar da atrocidade
Que em outros idos cometeu.
Mas o pai da tal menina
Concluiu a sua sina
Usando o mesmo facão
Que feriu da moça o coração.
E os olhos de maresia
Já não vêem a luz do dia
Caiu por terra o varão
Que não teve pena ou senão
Por causar tão sentida ilusão.
Hoje, a beira da estrada
Num canto, numa encruzilhada
Pode-se ver uma cruz
E a placa lá fincada:
“Aqui jaz uma alma dura
Que muito fez padecer
Que venha a ele o caos
A desventura e o mal querer”
E assim termina a estória
Que guardei bem na memória
É meu destino lembrar
Que a moça que chorou
Ainda vive no peito meu
Ela é de mim um traço
Que hoje quero esquecer
Ou então ter outra sorte
Entregando meu viver
Aos braços da santa Morte .
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terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Emboscada: Um Coração Ferido
Certo dia, no sertão
Uma moça, pura então
Olhou para uns olhos de mar
E a eles quis encantar.
Os olhos, seu corpo percorriam
E o desejo se fez urgente
E na poeira do chão quente
Esse homem, vil serpente
Tomou da moça o corpo
E quis com ele brincar.
Essa menina corrompida
Logo depois do ocorrido
Quis dar cabo da própria vida
Fez no peito uma ferida
Com o facão de alma antiga.
Da chaga ela se curou
Mas nunca perdoou
Aquele de olhos nublados
Que sumiu, em desagrado.
Essa moça, magoada
Lembra sempre da cena passada
Chora sozinha, escondida
As lágrimas correm, sofridas
Pela face magoada e sem vida.
Passaram-se um ano ou dois
E o homem voltou à cidade
Sem lembrar da atrocidade
Que em outros idos cometeu.
Mas o pai da tal menina
Concluiu a sua sina
Usando o mesmo facão
Que feriu da moça o coração.
E os olhos de maresia
Já não vêem a luz do dia
Caiu por terra o varão
Que não teve pena ou senão
Por causar tão sentida ilusão.
Hoje, a beira da estrada
Num canto, numa encruzilhada
Pode-se ver uma cruz
E a placa lá fincada:
“Aqui jaz uma alma dura
Que muito fez padecer
Que venha a ele o caos
A desventura e o mal querer”
E assim termina a estória
Que guardei bem na memória
É meu destino lembrar
Que a moça que chorou
Ainda vive no peito meu
Ela é de mim um traço
Que hoje quero esquecer
Ou então ter outra sorte
Entregando meu viver
Aos braços da santa Morte .
Uma moça, pura então
Olhou para uns olhos de mar
E a eles quis encantar.
Os olhos, seu corpo percorriam
E o desejo se fez urgente
E na poeira do chão quente
Esse homem, vil serpente
Tomou da moça o corpo
E quis com ele brincar.
Essa menina corrompida
Logo depois do ocorrido
Quis dar cabo da própria vida
Fez no peito uma ferida
Com o facão de alma antiga.
Da chaga ela se curou
Mas nunca perdoou
Aquele de olhos nublados
Que sumiu, em desagrado.
Essa moça, magoada
Lembra sempre da cena passada
Chora sozinha, escondida
As lágrimas correm, sofridas
Pela face magoada e sem vida.
Passaram-se um ano ou dois
E o homem voltou à cidade
Sem lembrar da atrocidade
Que em outros idos cometeu.
Mas o pai da tal menina
Concluiu a sua sina
Usando o mesmo facão
Que feriu da moça o coração.
E os olhos de maresia
Já não vêem a luz do dia
Caiu por terra o varão
Que não teve pena ou senão
Por causar tão sentida ilusão.
Hoje, a beira da estrada
Num canto, numa encruzilhada
Pode-se ver uma cruz
E a placa lá fincada:
“Aqui jaz uma alma dura
Que muito fez padecer
Que venha a ele o caos
A desventura e o mal querer”
E assim termina a estória
Que guardei bem na memória
É meu destino lembrar
Que a moça que chorou
Ainda vive no peito meu
Ela é de mim um traço
Que hoje quero esquecer
Ou então ter outra sorte
Entregando meu viver
Aos braços da santa Morte .
5 comentários:
Maravilhosa Amiguinha Poetiza de sonho:
ResponderExcluir
Lute sempre pelos seus sonhos puros, lindos, doces, de fascinar numa fabulosa sensibilidade que é sua.
A sua mágoa consegue transmitir uma pureza, encanto, ternura e beleza.
Nunca abdique dela perante um mundo confuso, por vezes, cruel.
Será sempre uma linda poetiza que é majestosa e maravilhosa.
Beijinhos mil de respeito e estima enormes ao seu extraordinário poder expressivo e comunicativo. Admirável.
Sempre a admirá-la e a lê-la atentamente.
Fascina...
pena
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Sempre dentro do peito guardamos os momentos chorados, mas guardamos também os momentos sorridos e bem vividos. Que os momentos bons possam sempre amenizar os sertões e a aridez dos corações.
ResponderExcluir(estava observando a sua pequena explicação e é bem parecida com a minha lá do blog)
abraços
Maravilhosa Amiguinha Poetiza de sonho:
ResponderExcluirLute sempre pelos seus sonhos puros, lindos, doces, de fascinar numa fabulosa sensibilidade que é sua.
A sua mágoa consegue transmitir uma pureza, encanto, ternura e beleza.
Nunca abdique dela perante um mundo confuso, por vezes, cruel.
Será sempre uma linda poetiza que é majestosa e maravilhosa.
Beijinhos mil de respeito e estima enormes ao seu extraordinário poder expressivo e comunicativo. Admirável.
Sempre a admirá-la e a lê-la atentamente.
Fascina...
pena
Minha querida
ResponderExcluirbelo poema...fez-me lembrar estórias de encantar.
Adorei
Beijinhos
Sonhadora
Ana Cristina, a vida é mesmo uma sequência de novos acontecimentos... Veja a menina da sua estória, pudera ela imaginar que tudo isso fosse acontecer??
ResponderExcluirBeijo
Oi que já parou de chorar, não foi não? kkkkk
ResponderExcluirMas, é isso, o amor tem lá seus dias de ferrão também fia! kkkkkk
bjs
O Sibarita