domingo, 29 de junho de 2014

Transformação



Eu só sei que dói.

Que algo se perdeu
Que a corda sozinha roeu
E a solidão chama-se Eu.

Dói.
Só sei que algo em mim quebrou
O vidro que guardei se lascou
Que o coração sentiu tanto
Que achou que nunca mais
Se encantaria de novo
Com fúria, calmaria, amor e luxúria
E a paixão diluída na paz.

Eu só sei que dói.

Entender que amar a si
Primeiro que a qualquer um
Custa-nos mais, é mais pesaroso
Pois o fruto ao lado é mais gostoso
Sem nossos tantos erros , conflitos
Destrutivos, sombrios, aflitivos
Enquanto o Outro é só risos.

E doeu mais.
Descobrir que o Outro é igual.
E sem os floreados e mentiras
Este Alguém é tão insano
Que esbraveja, pune, sodomiza
Ao enganar não economiza
E talvez sofra tanto ou mais
Por ser assim:
sem no coração ter a paz

Desiludi,  me perdi
Larguei de mim, desesperei
Foram tantas as lágrimas soltas
Tantos rios sulcados na face
Que pensei que nunca mais
Houvesse alguém que tanto amasse.
Porque amei mais que a mim
Vivi e chorei por alguém
Sobrepujei meu eu, meu ideal

Por quem não sabia ser diferente:
Este era seu normal.

Um dia, uma noite, um instante
Não mais doeu deste jeito.
Com todos os defeitos, trejeitos
Com todas a paixão de mil cores
Abriu-se como céu minha alma
Uma força estranha e calma
Sem  o peso da do desrespeito
Sem o grito que tanto magoava.

Nada foi em vão, nada foi esquecido
O aprendizado ensina
A ser dócil, compadecido pela dor
E entender que não somos metades
Somos partes únicas, perfeitas
Num mundo louco e lúdico que só nós
Podemos transformar pela força do amor

Hoje canto como num côro
Com voz firme, passional
Uma música  altiva e vibrante
Um pouco imperfeita, bem sei
(esta paixão tão distante...)
Com toda a Força que tenho direito
com todo orgulho de ser eu
De dizer abertamente, sem medo punjante:
 “Amo-te de novo, mais que antes”
.

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domingo, 29 de junho de 2014

Transformação



Eu só sei que dói.

Que algo se perdeu
Que a corda sozinha roeu
E a solidão chama-se Eu.

Dói.
Só sei que algo em mim quebrou
O vidro que guardei se lascou
Que o coração sentiu tanto
Que achou que nunca mais
Se encantaria de novo
Com fúria, calmaria, amor e luxúria
E a paixão diluída na paz.

Eu só sei que dói.

Entender que amar a si
Primeiro que a qualquer um
Custa-nos mais, é mais pesaroso
Pois o fruto ao lado é mais gostoso
Sem nossos tantos erros , conflitos
Destrutivos, sombrios, aflitivos
Enquanto o Outro é só risos.

E doeu mais.
Descobrir que o Outro é igual.
E sem os floreados e mentiras
Este Alguém é tão insano
Que esbraveja, pune, sodomiza
Ao enganar não economiza
E talvez sofra tanto ou mais
Por ser assim:
sem no coração ter a paz

Desiludi,  me perdi
Larguei de mim, desesperei
Foram tantas as lágrimas soltas
Tantos rios sulcados na face
Que pensei que nunca mais
Houvesse alguém que tanto amasse.
Porque amei mais que a mim
Vivi e chorei por alguém
Sobrepujei meu eu, meu ideal

Por quem não sabia ser diferente:
Este era seu normal.

Um dia, uma noite, um instante
Não mais doeu deste jeito.
Com todos os defeitos, trejeitos
Com todas a paixão de mil cores
Abriu-se como céu minha alma
Uma força estranha e calma
Sem  o peso da do desrespeito
Sem o grito que tanto magoava.

Nada foi em vão, nada foi esquecido
O aprendizado ensina
A ser dócil, compadecido pela dor
E entender que não somos metades
Somos partes únicas, perfeitas
Num mundo louco e lúdico que só nós
Podemos transformar pela força do amor

Hoje canto como num côro
Com voz firme, passional
Uma música  altiva e vibrante
Um pouco imperfeita, bem sei
(esta paixão tão distante...)
Com toda a Força que tenho direito
com todo orgulho de ser eu
De dizer abertamente, sem medo punjante:
 “Amo-te de novo, mais que antes”
.

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