Mostrando postagens com marcador vida. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador vida. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Poeme-se



Poeme-se com ricas rimas
Com metáforas subjacentes
Com desígnios contundentes
E suas lisuras incongruentes

Poeme-se
Com a eloquicidade que desafia
Com o soltar da voz, com a pena que desfia
Tirando do peito o peso, o medo
Que na palavra consegue esquecer

Poeme-se sem qualidade
Escreva em fluxo solto
Escreva como num arroubo
Como um trem descarrilhado
Um palhaço descabelado
Uma foto desfocada
Ou pintura destemperada

O escrever liberta a alma
Expira o anseio do que não veio
Rouba o desassossego tirano
Desfaz o mito, o rito, o desengano:
É o contra ponto do mundano

Larga as rimas, as métricas
Todas as fúteis dialéticas
Esquece o verso perfeito
Liberte as duras garras do tempo
Solta letras contra o Vento
Expele teu sangue pelos dedos
Escrevendo com carne e cerne
Arde o papel, se busque e governe:

Poeme-se

domingo, 13 de abril de 2014

Palhaço


Arma teu Circo de Vitórias
Tua Tenda em negra luz
Venda ingressos, lota os assentos
De quem por teu sorriso seduz

Venha e assiste com gosto e prazer
A este espetáculo inglório, simplório
Que mostra a história, nosso número sem moral
Entretenha-se com tua ambição sem igual

Pois sou teu palhaço
Neste Circo da Vida
Pintada de branco, eterna mascarada
Aquela que ri, com bocas e mágoas
E quebra o  coração e a  alma já sem cores
Ao se vender a quem antes já me olhou
Treinando promessas, de risos e flores

Não larga de tua lógica
Do egoísmo, da posse brutal
Pois sou teu palhaço
É este ainda meu único laço
É  esta ainda a fantasia que me recuso
A despir.

Os olhos negros borrados de lagrimas
A boca vermelha, molhada de sal
Sorri vagamente
Na certeza da submissão
Da entrega dolorosa de tudo que fui
Em tuas mãos.
E sequer sobra espaço em mim
Para entender a  humilhação
O desinteresse, a desilusão
A Sodomia ou prisão:
Sou só teu palhaço.

De uma certa distância, talvez ate eu risse
De uma certa distância, talvez fosse engraçado
Mas cá do palco, perdi meu timing, minha vergonha.
Aqui é meu calabouço, meu céu, meu inferno
Pois entretenho a mais crítica e variada plateia
Contudo, cá dentro, dentro o desespero tomou conta
E esqueci a piada
Que tanto ensaiei.

Ainda estou aqui
Como se nua estivesse
Despida de orgulhos
Repleta de súplica
Doente de amor
Como um palhaço que só finge
Que não sente dor.



sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O que é importante ?

O que é importante
Nesta estrada que chamamos Vida?
Do que sentiremos falta
Quando da nossa Partida?

Será que do altivo porte
Das roupas em profusão?
Do cabelo em novo corte
Carro do ano, estiloso casarão?


O que levaremos junto
Com nossa alma ao Fim?
O que é realmente importante
Para você e para mim?
Veja bem, meu caro irmão
O que penso desta situação:
Da Terra levamos somente
Sentimentos puros, sublime emoção
O impalpável elo entre os  homens
O que nos faz crentes sem senão.


O que cultivamos dentro do peito:
Orgulho, vaidade, rancor?
Estaremos agindo certo e direito
Cultuando a Verdade, o Amor?
O que de fato importa
Deveria ser a partilha
A união entre os povos
Afinal não somos ilhas! 


Por que é preciso estar
Diante da Morte, do Perigo
Para apenas agradecer
O amor de um grande amigo?
Queria a partir de agora
Seguir por um novo caminho
Me preocupar, ajudar
Ao próximo, ao outro, ao vizinho.

Quero deixar cá a lembrança
De felicidade sem fim
De que nunca esqueci da criança
Que mora dentro de mim.
Vivendo momentos de Paz e Bem
Pensamentos amáveis, que o coração encerra
Terei a certeza que o Além
Será o espelho do que fiz na Terra.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A Longa Viagem



Quando partires, navegante
Em direção ao Porto da Vida
Desejo jornada intensa, vibrante
Assim como começo da era sentida

Desejo que de horas seja longa
Que de segredos e estrofes seja rica
Que tenha força e entusiasmo
E dê adeus em sorrisos a cada etapa que fica.

Não temas o Infinito que se mostra
Obscuro, com garras afiadas
Não temas a fúria da noite
E seus sons de vozes ressabiadas.
Para suportar sombrios momentos
Estejas sempre com pensamento elevado
Que o amor seja enlace do espírito
E assim teus dissabores serão superados.

Desejo que os teus caminhos
Sejam límpidos como manhãs de verão
Que contemples cada breve entardecer
Como da primeira vez, sublime emoção.

Desejo que aprendas que a esperança
É o mais benquisto dos valores
Desejo que, como crente criança,
Tenhas o olhar sempre para o alto
Para cravar ao chão teus rancores
E diminuir os certeiros sobressaltos.

Não percas de vista teu destino
Vá ao campanário e toque, solene, o sino
Viaje, te emocione, cante, vibre
Grite aos céus que estás enamorado
Sussurre à chuva que de lágrimas estás forrado.

Não te apresse,não fujas, não corra
A Vida é curta como breve senão
Sonhes com ouro, luxos, riquezas
Mas satisfaça-te, feliz, somente com pão. 

E se no Final arrepender-se de algo
Se no Final achar que a Vida enganou-te a alma
Creia, és um sábio e viveu como devias
Intensamente: Ela é sempre maior do que imaginarias.



Para a Fábrica de Letras

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Perguntas e respostas


Como deslizar pela vida
Desvendar cada mistério?
Como aceitar cada partida
Mesmo se te fere a sério?

Como curar as feridas
Ao menos minimizar sua dor?
Como amar outras vidas
Sentindo delas o calor?

Como ser, sem importar a Sorte?
Como viver, esquecendo da Morte?
Como caminhar, ser querido, ser notado?
Como perpetuar e deixar doce legado?

Como entender tantas almas diferentes?
Como vivenciar o desconhecido indolente?
Como não ferir, mesmo sem querer?
Como menos chorar, mais sorrir, menos sofrer?

Tantas perguntas, dúvidas, questionamentos
Todos os dias, cada uma em seu tormento
Como responder, sendo apenas mais um na multidão
Que espera escutar, acreditando nada ser em vão?

Um dia, em sonho talvez
Ouvi a resposta : minh alma se refez:

"Sempre crer, ainda que ausente e desatento
Que a mão que hoje sufoca
Será a mesma que um dia te dará alento.

Ouvir histórias ao sabor do vento
Guardar na memória inesquecíveis momentos
Fazer da Vida, hoje tela em branco
O quadro de si, transparente e franco

Amar o próximo, o distante, o amante
Pedir por eles menos tristezas, mais alegria vibrante
Fechar os olhos, e com gratidão
Agradecer por tudo em sublime emoção

Saber que mesmo só, há um Alguém que por ti ora
Enxuga, condoído, cada lágrima que choras
Te protege, te ampara e nunca se afasta
E te cobre de promessas de felicidades vastas

Durmas feliz, mesmo que sem todas as respostas
Sabendo que a cada passo, a cada teu suspirar
Ele está por perto, estendendo a mão a sorrir
Esperando que dês a sua, completando teu existir"
Mostrando postagens com marcador vida. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador vida. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Poeme-se



Poeme-se com ricas rimas
Com metáforas subjacentes
Com desígnios contundentes
E suas lisuras incongruentes

Poeme-se
Com a eloquicidade que desafia
Com o soltar da voz, com a pena que desfia
Tirando do peito o peso, o medo
Que na palavra consegue esquecer

Poeme-se sem qualidade
Escreva em fluxo solto
Escreva como num arroubo
Como um trem descarrilhado
Um palhaço descabelado
Uma foto desfocada
Ou pintura destemperada

O escrever liberta a alma
Expira o anseio do que não veio
Rouba o desassossego tirano
Desfaz o mito, o rito, o desengano:
É o contra ponto do mundano

Larga as rimas, as métricas
Todas as fúteis dialéticas
Esquece o verso perfeito
Liberte as duras garras do tempo
Solta letras contra o Vento
Expele teu sangue pelos dedos
Escrevendo com carne e cerne
Arde o papel, se busque e governe:

Poeme-se

domingo, 13 de abril de 2014

Palhaço


Arma teu Circo de Vitórias
Tua Tenda em negra luz
Venda ingressos, lota os assentos
De quem por teu sorriso seduz

Venha e assiste com gosto e prazer
A este espetáculo inglório, simplório
Que mostra a história, nosso número sem moral
Entretenha-se com tua ambição sem igual

Pois sou teu palhaço
Neste Circo da Vida
Pintada de branco, eterna mascarada
Aquela que ri, com bocas e mágoas
E quebra o  coração e a  alma já sem cores
Ao se vender a quem antes já me olhou
Treinando promessas, de risos e flores

Não larga de tua lógica
Do egoísmo, da posse brutal
Pois sou teu palhaço
É este ainda meu único laço
É  esta ainda a fantasia que me recuso
A despir.

Os olhos negros borrados de lagrimas
A boca vermelha, molhada de sal
Sorri vagamente
Na certeza da submissão
Da entrega dolorosa de tudo que fui
Em tuas mãos.
E sequer sobra espaço em mim
Para entender a  humilhação
O desinteresse, a desilusão
A Sodomia ou prisão:
Sou só teu palhaço.

De uma certa distância, talvez ate eu risse
De uma certa distância, talvez fosse engraçado
Mas cá do palco, perdi meu timing, minha vergonha.
Aqui é meu calabouço, meu céu, meu inferno
Pois entretenho a mais crítica e variada plateia
Contudo, cá dentro, dentro o desespero tomou conta
E esqueci a piada
Que tanto ensaiei.

Ainda estou aqui
Como se nua estivesse
Despida de orgulhos
Repleta de súplica
Doente de amor
Como um palhaço que só finge
Que não sente dor.



sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O que é importante ?

O que é importante
Nesta estrada que chamamos Vida?
Do que sentiremos falta
Quando da nossa Partida?

Será que do altivo porte
Das roupas em profusão?
Do cabelo em novo corte
Carro do ano, estiloso casarão?


O que levaremos junto
Com nossa alma ao Fim?
O que é realmente importante
Para você e para mim?
Veja bem, meu caro irmão
O que penso desta situação:
Da Terra levamos somente
Sentimentos puros, sublime emoção
O impalpável elo entre os  homens
O que nos faz crentes sem senão.


O que cultivamos dentro do peito:
Orgulho, vaidade, rancor?
Estaremos agindo certo e direito
Cultuando a Verdade, o Amor?
O que de fato importa
Deveria ser a partilha
A união entre os povos
Afinal não somos ilhas! 


Por que é preciso estar
Diante da Morte, do Perigo
Para apenas agradecer
O amor de um grande amigo?
Queria a partir de agora
Seguir por um novo caminho
Me preocupar, ajudar
Ao próximo, ao outro, ao vizinho.

Quero deixar cá a lembrança
De felicidade sem fim
De que nunca esqueci da criança
Que mora dentro de mim.
Vivendo momentos de Paz e Bem
Pensamentos amáveis, que o coração encerra
Terei a certeza que o Além
Será o espelho do que fiz na Terra.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A Longa Viagem



Quando partires, navegante
Em direção ao Porto da Vida
Desejo jornada intensa, vibrante
Assim como começo da era sentida

Desejo que de horas seja longa
Que de segredos e estrofes seja rica
Que tenha força e entusiasmo
E dê adeus em sorrisos a cada etapa que fica.

Não temas o Infinito que se mostra
Obscuro, com garras afiadas
Não temas a fúria da noite
E seus sons de vozes ressabiadas.
Para suportar sombrios momentos
Estejas sempre com pensamento elevado
Que o amor seja enlace do espírito
E assim teus dissabores serão superados.

Desejo que os teus caminhos
Sejam límpidos como manhãs de verão
Que contemples cada breve entardecer
Como da primeira vez, sublime emoção.

Desejo que aprendas que a esperança
É o mais benquisto dos valores
Desejo que, como crente criança,
Tenhas o olhar sempre para o alto
Para cravar ao chão teus rancores
E diminuir os certeiros sobressaltos.

Não percas de vista teu destino
Vá ao campanário e toque, solene, o sino
Viaje, te emocione, cante, vibre
Grite aos céus que estás enamorado
Sussurre à chuva que de lágrimas estás forrado.

Não te apresse,não fujas, não corra
A Vida é curta como breve senão
Sonhes com ouro, luxos, riquezas
Mas satisfaça-te, feliz, somente com pão. 

E se no Final arrepender-se de algo
Se no Final achar que a Vida enganou-te a alma
Creia, és um sábio e viveu como devias
Intensamente: Ela é sempre maior do que imaginarias.



Para a Fábrica de Letras

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Perguntas e respostas


Como deslizar pela vida
Desvendar cada mistério?
Como aceitar cada partida
Mesmo se te fere a sério?

Como curar as feridas
Ao menos minimizar sua dor?
Como amar outras vidas
Sentindo delas o calor?

Como ser, sem importar a Sorte?
Como viver, esquecendo da Morte?
Como caminhar, ser querido, ser notado?
Como perpetuar e deixar doce legado?

Como entender tantas almas diferentes?
Como vivenciar o desconhecido indolente?
Como não ferir, mesmo sem querer?
Como menos chorar, mais sorrir, menos sofrer?

Tantas perguntas, dúvidas, questionamentos
Todos os dias, cada uma em seu tormento
Como responder, sendo apenas mais um na multidão
Que espera escutar, acreditando nada ser em vão?

Um dia, em sonho talvez
Ouvi a resposta : minh alma se refez:

"Sempre crer, ainda que ausente e desatento
Que a mão que hoje sufoca
Será a mesma que um dia te dará alento.

Ouvir histórias ao sabor do vento
Guardar na memória inesquecíveis momentos
Fazer da Vida, hoje tela em branco
O quadro de si, transparente e franco

Amar o próximo, o distante, o amante
Pedir por eles menos tristezas, mais alegria vibrante
Fechar os olhos, e com gratidão
Agradecer por tudo em sublime emoção

Saber que mesmo só, há um Alguém que por ti ora
Enxuga, condoído, cada lágrima que choras
Te protege, te ampara e nunca se afasta
E te cobre de promessas de felicidades vastas

Durmas feliz, mesmo que sem todas as respostas
Sabendo que a cada passo, a cada teu suspirar
Ele está por perto, estendendo a mão a sorrir
Esperando que dês a sua, completando teu existir"