segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Domínio




Do encontro fortuito à espera do prazer
Respiro ante a promessa de teu toque
Contemplo o tempo, e se Ele se demora
Não consolo meu corpo: aguardo crepúsculo ou  aurora


Curvo-me perante a firmeza da ordem
Diante de tua sombra, perco-me silente
E latejante, pulsante em dor atroz
Contenho meu desejo dobrando-me à tua voz 


Subjugada em tuas mãos 
Teu negro olhar é o que me sustenta
O vicio da posse é tanto que vejo-me cativa,
de corpo e espírito: nada mais me atrai ou tenta

Os mistérios desvendam os sentidos
Descobrindo nas torturas prazeres infinitos
Subserviente, acorrentada, despojada
És Tu quem maltrata, destroça e ensina
Saciando sua fome em minha pele rasgada

Construíste-me silenciosamente
Adorando-te, pensante, em nó que não desfaço
Sempre sedenta, sempre disposta, sempre à mostra
Angario qualquer suspiro, qualquer castigo, qualquer abraço

Rouba e devolve minha paz
Com facilidade de quem é Senhor e Dono

Somente na lágrima me descubro viva
E sob seus pés recruto meu abandono.

Acorrentados por sua Palavra
Meu juízo, meu sentido, minha razão, minha vida
Já não mais existem, são estranhas estas matizes
E assim, escrava tua, de mansidão doce e aflita 

Entrego a Ti minha carne e minhas cicatrizes.

Um comentário:

  1. UAU!!!

    Que amor inebriante Cris, amor de entrega, amor de se dar inteira, amor infinito.
    Lindo poema.

    Milhões de beijos

    ResponderExcluir

Deixe suas palavras aqui... (mas por favor, sem ctrl c ctrl v :D)

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Domínio




Do encontro fortuito à espera do prazer
Respiro ante a promessa de teu toque
Contemplo o tempo, e se Ele se demora
Não consolo meu corpo: aguardo crepúsculo ou  aurora


Curvo-me perante a firmeza da ordem
Diante de tua sombra, perco-me silente
E latejante, pulsante em dor atroz
Contenho meu desejo dobrando-me à tua voz 


Subjugada em tuas mãos 
Teu negro olhar é o que me sustenta
O vicio da posse é tanto que vejo-me cativa,
de corpo e espírito: nada mais me atrai ou tenta

Os mistérios desvendam os sentidos
Descobrindo nas torturas prazeres infinitos
Subserviente, acorrentada, despojada
És Tu quem maltrata, destroça e ensina
Saciando sua fome em minha pele rasgada

Construíste-me silenciosamente
Adorando-te, pensante, em nó que não desfaço
Sempre sedenta, sempre disposta, sempre à mostra
Angario qualquer suspiro, qualquer castigo, qualquer abraço

Rouba e devolve minha paz
Com facilidade de quem é Senhor e Dono

Somente na lágrima me descubro viva
E sob seus pés recruto meu abandono.

Acorrentados por sua Palavra
Meu juízo, meu sentido, minha razão, minha vida
Já não mais existem, são estranhas estas matizes
E assim, escrava tua, de mansidão doce e aflita 

Entrego a Ti minha carne e minhas cicatrizes.

Um comentário:

  1. UAU!!!

    Que amor inebriante Cris, amor de entrega, amor de se dar inteira, amor infinito.
    Lindo poema.

    Milhões de beijos

    ResponderExcluir

Deixe suas palavras aqui... (mas por favor, sem ctrl c ctrl v :D)