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terça-feira, 23 de novembro de 2010
Essa Criatura
Existe algo além de qualquer filosofia
Criatura tão pura, insondável, misto de noite e dia
Que me impulsiona, alavanca, freia e move
Independente de tempo ou lugar que aprove
É livre e pacífica, mas aprisiona e faz guerra
Ama o pintassilgo e o obscuro verme
É igualitária com o cordeiro e o lobo
Predador e presa de si, em sutil arroubo
Toma com graça o coração convalescente
Enche-o de esperança e saudade crente
Te persegue com graça e furor a cada dia
Mas voa alto quando teu nome anuncias
Remove montanhas, com um sopro destrói
Liberta a alma, de manso, com calma que dói
Devora as próprias entranhas, tanto zelo traz
E nem notas a presença a cada passo que dás
Quem te protege e acaricia
Ao longo da noite, ao raiar do dia
Quem nada pede, nada quer para si
Confabula com o Infinito a hora de ir e vir
Viagem, passagem, do Criador miragem
Ação, solidão, o porto, a canção
Tão perto e tão longe, tão meu e tão seu
A Luz que ilumina, o pranto do Breu
Ah, essa criatura de presença inefável, da força parida
A Mão que te salva ou dita a Partida :
O que você chama de Morte...e eu chamo de Vida.
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terça-feira, 23 de novembro de 2010
Essa Criatura
Existe algo além de qualquer filosofia
Criatura tão pura, insondável, misto de noite e dia
Que me impulsiona, alavanca, freia e move
Independente de tempo ou lugar que aprove
É livre e pacífica, mas aprisiona e faz guerra
Ama o pintassilgo e o obscuro verme
É igualitária com o cordeiro e o lobo
Predador e presa de si, em sutil arroubo
Toma com graça o coração convalescente
Enche-o de esperança e saudade crente
Te persegue com graça e furor a cada dia
Mas voa alto quando teu nome anuncias
Remove montanhas, com um sopro destrói
Liberta a alma, de manso, com calma que dói
Devora as próprias entranhas, tanto zelo traz
E nem notas a presença a cada passo que dás
Quem te protege e acaricia
Ao longo da noite, ao raiar do dia
Quem nada pede, nada quer para si
Confabula com o Infinito a hora de ir e vir
Viagem, passagem, do Criador miragem
Ação, solidão, o porto, a canção
Tão perto e tão longe, tão meu e tão seu
A Luz que ilumina, o pranto do Breu
Ah, essa criatura de presença inefável, da força parida
A Mão que te salva ou dita a Partida :
O que você chama de Morte...e eu chamo de Vida.
6 comentários:
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E essa Criatura nos acompanha sempre...Que lindo,Ana!beijos,estava com saudades!chica
ResponderExcluirAna mais um belo poema que imagino que seja dedicado a Deus, alguém que tem o poder de salvar ou matar. Beijinhos
ResponderExcluirMinha Querida
ResponderExcluirOs teus poemas me surpreendem e encantam pela sua densidade, pureza e sentimento!
A Poesia, é realmente o campo onde deves continuar!
beijo
Graça
Interessante a poesia, mas com certeza, há muitas forças que nos movem, seja a fé, seja o desejo, seja o amor...
ResponderExcluirE trate de se cuida menina =P
Fique com Deus, menina Ana Cristina Cattete.
Um abraço.
Olha,Ana. Você escreve muitas coisas bonitas.Mas esa além de bonita, é forte, contundente, filosófica. Gostei demais mesmo. Parabéns e beijão
ResponderExcluirUm poema muito bem escrito!
ResponderExcluirGostei, sem reservas!
Beijocas