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segunda-feira, 12 de julho de 2010
O Julgamento
No meio de tantas, moça, te encontrei
E na minha fraqueza tão crente
Te julguei, critiquei, ... me enganei
Julguei-te fraca e incapaz
Enquanto carregavas nas costas
O fardo de um mundo voraz.
Que te engolia.
A cada dia.
Condenei-te fria, de gelo o coração
Enquanto na alma choravas
Lágrimas quentes, de sangue, de lava
Que te queimava.
Todo dia.
Sentenciei-te dura, insensível
Inábil em condoer-te (empatia invisível)
Diante do jugo do outro.
A rir da desgraça alheia.
Como a quem a discórdia semeia.
Mas vi a resposta, criança:
Era só a dura desconfiança.
Que te prende. E te rende.
Calo-me.
Errei.
De teu medo, fizeste a coragem
Que luta contra tantos desenganos
Tua solidão bravamente assola
A descompassar o tributo profano
O coração (que já pediu para ficar)
Foi subjugado: saíste, o mundo a ganhar:
Buscar, sem saber o que.
Cantar, para até respirar.
Rir, para talvez não chorar.
Chorar, para (quem sabe)...
... sobreviver.
Sob a ponta do punhal do passado
A curta e dolorosa infância
Rende-se à tua adulta miragem
De uma alma que transpõe a distância
Da frágil camuflagem de tuas lembranças.
Pois apesar dos enganos, das decepções
Ainda tens forças para rir de teus vilões
E pleitear teu espaço, sem mágoa,
Devolvendo à Vida, a espada.
Percebo em teus olhos oblíquos
O fogo, a busca, a luta, o cansaço
A tristeza latente na tua morada.
Revidas, duvidas, enganas do ódio a semente
E resoluta, queixo erguido, bem rente:
Desafias a força por continuar. Sem parar.
Siga, moça, siga adiante
O mundo é um moinho, ainda galante
Respira, renova, o futuro a brindar
E repete teu mantra:
“Para hoje, é o que há”
"Se a moça soubesse que a minha alegria também vem de minha mais profunda tristeza e que tristeza era uma alegria falhada" Clarice Lispector
Se cuida, moça.
E na minha fraqueza tão crente
Te julguei, critiquei, ... me enganei
Julguei-te fraca e incapaz
Enquanto carregavas nas costas
O fardo de um mundo voraz.
Que te engolia.
A cada dia.
Condenei-te fria, de gelo o coração
Enquanto na alma choravas
Lágrimas quentes, de sangue, de lava
Que te queimava.
Todo dia.
Sentenciei-te dura, insensível
Inábil em condoer-te (empatia invisível)
Diante do jugo do outro.
A rir da desgraça alheia.
Como a quem a discórdia semeia.
Mas vi a resposta, criança:
Era só a dura desconfiança.
Que te prende. E te rende.
Calo-me.
Errei.
De teu medo, fizeste a coragem
Que luta contra tantos desenganos
Tua solidão bravamente assola
A descompassar o tributo profano
O coração (que já pediu para ficar)
Foi subjugado: saíste, o mundo a ganhar:
Buscar, sem saber o que.
Cantar, para até respirar.
Rir, para talvez não chorar.
Chorar, para (quem sabe)...
... sobreviver.
Sob a ponta do punhal do passado
A curta e dolorosa infância
Rende-se à tua adulta miragem
De uma alma que transpõe a distância
Da frágil camuflagem de tuas lembranças.
Pois apesar dos enganos, das decepções
Ainda tens forças para rir de teus vilões
E pleitear teu espaço, sem mágoa,
Devolvendo à Vida, a espada.
Percebo em teus olhos oblíquos
O fogo, a busca, a luta, o cansaço
A tristeza latente na tua morada.
Revidas, duvidas, enganas do ódio a semente
E resoluta, queixo erguido, bem rente:
Desafias a força por continuar. Sem parar.
Siga, moça, siga adiante
O mundo é um moinho, ainda galante
Respira, renova, o futuro a brindar
E repete teu mantra:
“Para hoje, é o que há”
"Se a moça soubesse que a minha alegria também vem de minha mais profunda tristeza e que tristeza era uma alegria falhada" Clarice Lispector
Se cuida, moça.
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segunda-feira, 12 de julho de 2010
O Julgamento
No meio de tantas, moça, te encontrei
E na minha fraqueza tão crente
Te julguei, critiquei, ... me enganei
Julguei-te fraca e incapaz
Enquanto carregavas nas costas
O fardo de um mundo voraz.
Que te engolia.
A cada dia.
Condenei-te fria, de gelo o coração
Enquanto na alma choravas
Lágrimas quentes, de sangue, de lava
Que te queimava.
Todo dia.
Sentenciei-te dura, insensível
Inábil em condoer-te (empatia invisível)
Diante do jugo do outro.
A rir da desgraça alheia.
Como a quem a discórdia semeia.
Mas vi a resposta, criança:
Era só a dura desconfiança.
Que te prende. E te rende.
Calo-me.
Errei.
De teu medo, fizeste a coragem
Que luta contra tantos desenganos
Tua solidão bravamente assola
A descompassar o tributo profano
O coração (que já pediu para ficar)
Foi subjugado: saíste, o mundo a ganhar:
Buscar, sem saber o que.
Cantar, para até respirar.
Rir, para talvez não chorar.
Chorar, para (quem sabe)...
... sobreviver.
Sob a ponta do punhal do passado
A curta e dolorosa infância
Rende-se à tua adulta miragem
De uma alma que transpõe a distância
Da frágil camuflagem de tuas lembranças.
Pois apesar dos enganos, das decepções
Ainda tens forças para rir de teus vilões
E pleitear teu espaço, sem mágoa,
Devolvendo à Vida, a espada.
Percebo em teus olhos oblíquos
O fogo, a busca, a luta, o cansaço
A tristeza latente na tua morada.
Revidas, duvidas, enganas do ódio a semente
E resoluta, queixo erguido, bem rente:
Desafias a força por continuar. Sem parar.
Siga, moça, siga adiante
O mundo é um moinho, ainda galante
Respira, renova, o futuro a brindar
E repete teu mantra:
“Para hoje, é o que há”
"Se a moça soubesse que a minha alegria também vem de minha mais profunda tristeza e que tristeza era uma alegria falhada" Clarice Lispector
Se cuida, moça.
E na minha fraqueza tão crente
Te julguei, critiquei, ... me enganei
Julguei-te fraca e incapaz
Enquanto carregavas nas costas
O fardo de um mundo voraz.
Que te engolia.
A cada dia.
Condenei-te fria, de gelo o coração
Enquanto na alma choravas
Lágrimas quentes, de sangue, de lava
Que te queimava.
Todo dia.
Sentenciei-te dura, insensível
Inábil em condoer-te (empatia invisível)
Diante do jugo do outro.
A rir da desgraça alheia.
Como a quem a discórdia semeia.
Mas vi a resposta, criança:
Era só a dura desconfiança.
Que te prende. E te rende.
Calo-me.
Errei.
De teu medo, fizeste a coragem
Que luta contra tantos desenganos
Tua solidão bravamente assola
A descompassar o tributo profano
O coração (que já pediu para ficar)
Foi subjugado: saíste, o mundo a ganhar:
Buscar, sem saber o que.
Cantar, para até respirar.
Rir, para talvez não chorar.
Chorar, para (quem sabe)...
... sobreviver.
Sob a ponta do punhal do passado
A curta e dolorosa infância
Rende-se à tua adulta miragem
De uma alma que transpõe a distância
Da frágil camuflagem de tuas lembranças.
Pois apesar dos enganos, das decepções
Ainda tens forças para rir de teus vilões
E pleitear teu espaço, sem mágoa,
Devolvendo à Vida, a espada.
Percebo em teus olhos oblíquos
O fogo, a busca, a luta, o cansaço
A tristeza latente na tua morada.
Revidas, duvidas, enganas do ódio a semente
E resoluta, queixo erguido, bem rente:
Desafias a força por continuar. Sem parar.
Siga, moça, siga adiante
O mundo é um moinho, ainda galante
Respira, renova, o futuro a brindar
E repete teu mantra:
“Para hoje, é o que há”
"Se a moça soubesse que a minha alegria também vem de minha mais profunda tristeza e que tristeza era uma alegria falhada" Clarice Lispector
Se cuida, moça.
9 comentários:
- Juliana12 de julho de 2010 às 16:18
Julgar é fácil, mas o dificil é rever o erro e desculpar-se.
ResponderExcluir
E assim tão lindamente é de doer o coração
beijo, Ana
(aqui tá tudo bem. ja meljorei) A beleza do poema, é sempre enorme, no tema, na construção dele.
ResponderExcluir
Muitas e muitas vezes erramos no julgamento, julgamos por um olhar muito distorcido.E também somos julgados.
Por outro lado, percebo que muitos corações se fecham depois da dor, e as pessoas reagem de forma a parecem forte e ao mesmo tempo insensível.
abraço- Anônimo20 de julho de 2010 às 10:29
Lindona, olha aminha prima mora na verdade em Alcantara. Vou dar uma ligadinha pra ela e depois te passo um e-mail.
ResponderExcluir
O meu é: jessicaaraujooliveira@hotmail.com
Muito obrigada tá?
Beijo
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Julgar é fácil, mas o dificil é rever o erro e desculpar-se.
ResponderExcluirE assim tão lindamente é de doer o coração
beijo, Ana
(aqui tá tudo bem. ja meljorei)
Uaauuu que lindo isto Ana!
ResponderExcluirVim deixar meu carinho!
Um beijo
Mari
Maravilhoso, Ana. Beijão
ResponderExcluirA beleza do poema, é sempre enorme, no tema, na construção dele.
ResponderExcluirMuitas e muitas vezes erramos no julgamento, julgamos por um olhar muito distorcido.E também somos julgados.
Por outro lado, percebo que muitos corações se fecham depois da dor, e as pessoas reagem de forma a parecem forte e ao mesmo tempo insensível.
abraço
Lindo!!!
ResponderExcluirAna a tua inspiração não tem mesmo fim, tantas ideias, tantos pensamentos, tanta poesia. Julgamos muitas vezes com muita facilidade, sem sabermos tudo o que envolve uma situação. Eu faço-o muitas vezes. Beijinhos
ResponderExcluirBonito o poema, mas quando deixamos que nos julguem, acabamos nos condenando...
ResponderExcluirFique com Deus, menina Ana Cristina.
Um abraço.
Lindona, olha aminha prima mora na verdade em Alcantara. Vou dar uma ligadinha pra ela e depois te passo um e-mail.
ResponderExcluirO meu é: jessicaaraujooliveira@hotmail.com
Muito obrigada tá?
Beijo
palavras que enchem o peito... cada moça com seu caminho... umas escolhem o seus, outros são impostos.
ResponderExcluirlindo teu blog.
bjs, menina fê*