quarta-feira, 5 de maio de 2010

O Invisível

Onde nasce a nívea nuvem
Que se descortina atrás do véu?
Aonde ela por fim deságua?
No finalmente do céu?

Como traduzir a poesia
Das estrelas que acendem a noite?
Como sentir, sutil maestria
O vento que bate como açoite?

Em que ínfimo momento
Ocorre o primo verter do luar?
Em que breve instante morre
O primeiro raio de sol a dançar?

Em que final momento adormecemos?
Em que suspiro a vida se esvai?
Em que instante nos encontraremos
Na morada de Nosso Pai?

Não me amedronta o invisível
Nem do tempo que vem e não percebo
Quero ser da vida, sensível
Mergulhando em mil instantes
Tristes, jocosos, vibrantes.

Temo o segundo que perdi,
A estrela cadente sem ouvir,
O adeus ao céu remoto.
Temo o minuto em que a criança
Guarda o respirar, admirando
A primeira vez o céu contemplando.

Só temo o que perdi
Tendo olhos para ver.

23 comentários:

  1. Tudo é um ciclo natural da vida, nascer, viver cada dia (sem maravilhando com as coisas que eles tem a nos oferecer) e por fim, falecer (de preferência, sem tristeza demais)...

    Fique com Deus, menina Ana Cristina.
    Um abraço.

    ResponderExcluir
  2. Minha querida
    maravilhoso como sempre...um lindo poema.

    Beijinhos

    ResponderExcluir
  3. Tão sensível e tão encantadoras palavras que me peguei pensando. Será que estou perdendo algo por não ver? Adoreiiiii viu!

    ResponderExcluir
  4. Lindo poema e compreendo esse medo.
    beijos

    ResponderExcluir
  5. Hoje gostaria de já estar na morada do Pai.

    ResponderExcluir
  6. "Só temo o que perdi
    Tendo olhos para ver".

    Ah, essa frase é muito minha. Beijão,Ana. Você é 10!

    ResponderExcluir
  7. "Temo o segundo que perdi,
    A estrela cadente sem ouvir,
    O adeus ao céu remoto.
    Temo o minuto em que a criança
    Guarda o respirar, admirando
    A primeira vez o céu contemplando.

    Só temo o que perdi
    Tendo olhos para ver."

    Mais do que belo.
    Revelou a minha alma em sua poesia.
    Beijo.

    ResponderExcluir
  8. Lindo demais,,,são tantas as duvidas que temos,,,tanta vontade de amar sem medo,,sem limites,,,,sem rumo,,,,um beijo de otima tarde pra ti.

    ResponderExcluir
  9. Um poema diferente e...talvez por isso, tão belo!
    Beijo amigo
    Graça

    ResponderExcluir
  10. A vida tem tanto mistério, né?
    Eu sinto um certo medo.

    Beijo,
    Nara

    ResponderExcluir
  11. Lindo este poema.
    Eu acredito q o q há de mais belo na vida,é invisível para os nossos olhos, precisamos sentir com o coração, ter a sensibilidade de compartilhar sentimentos e a coragem de amar com transparência.

    ResponderExcluir
  12. [tudo o que a nossa vista alcança, nasce antes de mais, dentro de nós; ignorando-o, o horizonte e tudo nele contido, desaparece... a magia está dentro do que o coração alcança]

    um imenso abraço, Ana

    Leonardo B.

    ResponderExcluir
  13. Muito bom, Ana. Pensando bem o que nos fascina é o invísivel, o que não podemos tocar.Porque está além do óbvio. Parabéns. Beijos

    ResponderExcluir
  14. O que se foi...
    ficou lá enterrado no muro das memórias!!


    Ameiiiiiiiiiiiiiiii lindo, bom final de semana flor

    ResponderExcluir
  15. Lindo este poema!
    Feliz dia das mães
    beijos

    ResponderExcluir
  16. Um abençoado dia das mães cheio de paz e serenidade....beijos de carinho.fique com Deus e ótima semana.

    ResponderExcluir
  17. Mais um poema maravilhoso. Penso que o teu blogue marca a diferença razão pela qual resolvi dividir contigo um selo especial. Beijinhos.

    ResponderExcluir
  18. Uma tela pintada por palavras. Muito lindo!

    Um beijinho :)

    PS: Deixei um miminho lá no blogue para ti.

    ResponderExcluir
  19. Belo poema!!

    Feliz dia das mães e peço emprestado esse poema do nosso poeta maior e faço essa homenagem:


    Para Sempre

    Por que Deus permite
    que as mães vão-se embora?
    Mãe não tem limite,
    é tempo sem hora,
    luz que não apaga
    quando sopra o vento
    e chuva desaba,
    veludo escondido
    na pele enrugada,
    água pura, ar puro,
    puro pensamento.

    Morrer acontece
    com o que é breve e passa
    sem deixar vestígio.
    Mãe, na sua graça,
    é eternidade.
    Por que Deus se lembra
    - mistério profundo -
    de tirá-la um dia?
    Fosse eu Rei do Mundo,
    baixava uma lei:
    Mãe não morre nunca,
    mãe ficará sempre
    junto de seu filho
    e ele, velho embora,
    será pequenino
    feito grão de milho.

    Carlos Drummond de Andrade

    ResponderExcluir
  20. São tantos medos e dúvidas...e desejo de tudo viver sem nada perder!
    Certamente deixamos sempre de ver ou sentir algo, precisamos estar com o coração sempre em alerta.

    Lindo!
    Beijinho.

    ResponderExcluir
  21. Passando para reler!!!!

    Amiga boa semana!!

    beijossssssssssssssss

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Deixe suas palavras aqui... (mas por favor, sem ctrl c ctrl v :D)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O Invisível

Onde nasce a nívea nuvem
Que se descortina atrás do véu?
Aonde ela por fim deságua?
No finalmente do céu?

Como traduzir a poesia
Das estrelas que acendem a noite?
Como sentir, sutil maestria
O vento que bate como açoite?

Em que ínfimo momento
Ocorre o primo verter do luar?
Em que breve instante morre
O primeiro raio de sol a dançar?

Em que final momento adormecemos?
Em que suspiro a vida se esvai?
Em que instante nos encontraremos
Na morada de Nosso Pai?

Não me amedronta o invisível
Nem do tempo que vem e não percebo
Quero ser da vida, sensível
Mergulhando em mil instantes
Tristes, jocosos, vibrantes.

Temo o segundo que perdi,
A estrela cadente sem ouvir,
O adeus ao céu remoto.
Temo o minuto em que a criança
Guarda o respirar, admirando
A primeira vez o céu contemplando.

Só temo o que perdi
Tendo olhos para ver.

23 comentários:

  1. Tudo é um ciclo natural da vida, nascer, viver cada dia (sem maravilhando com as coisas que eles tem a nos oferecer) e por fim, falecer (de preferência, sem tristeza demais)...

    Fique com Deus, menina Ana Cristina.
    Um abraço.

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  2. Minha querida
    maravilhoso como sempre...um lindo poema.

    Beijinhos

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  3. Tão sensível e tão encantadoras palavras que me peguei pensando. Será que estou perdendo algo por não ver? Adoreiiiii viu!

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  4. Lindo poema e compreendo esse medo.
    beijos

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  5. Hoje gostaria de já estar na morada do Pai.

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  6. "Só temo o que perdi
    Tendo olhos para ver".

    Ah, essa frase é muito minha. Beijão,Ana. Você é 10!

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  7. "Temo o segundo que perdi,
    A estrela cadente sem ouvir,
    O adeus ao céu remoto.
    Temo o minuto em que a criança
    Guarda o respirar, admirando
    A primeira vez o céu contemplando.

    Só temo o que perdi
    Tendo olhos para ver."

    Mais do que belo.
    Revelou a minha alma em sua poesia.
    Beijo.

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  8. Lindo demais,,,são tantas as duvidas que temos,,,tanta vontade de amar sem medo,,sem limites,,,,sem rumo,,,,um beijo de otima tarde pra ti.

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  9. Um poema diferente e...talvez por isso, tão belo!
    Beijo amigo
    Graça

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  10. A vida tem tanto mistério, né?
    Eu sinto um certo medo.

    Beijo,
    Nara

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  11. Lindo este poema.
    Eu acredito q o q há de mais belo na vida,é invisível para os nossos olhos, precisamos sentir com o coração, ter a sensibilidade de compartilhar sentimentos e a coragem de amar com transparência.

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  12. [tudo o que a nossa vista alcança, nasce antes de mais, dentro de nós; ignorando-o, o horizonte e tudo nele contido, desaparece... a magia está dentro do que o coração alcança]

    um imenso abraço, Ana

    Leonardo B.

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  13. Muito bom, Ana. Pensando bem o que nos fascina é o invísivel, o que não podemos tocar.Porque está além do óbvio. Parabéns. Beijos

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  14. O que se foi...
    ficou lá enterrado no muro das memórias!!


    Ameiiiiiiiiiiiiiiii lindo, bom final de semana flor

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  15. Lindo este poema!
    Feliz dia das mães
    beijos

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  16. Um abençoado dia das mães cheio de paz e serenidade....beijos de carinho.fique com Deus e ótima semana.

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  17. Mais um poema maravilhoso. Penso que o teu blogue marca a diferença razão pela qual resolvi dividir contigo um selo especial. Beijinhos.

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  18. Uma tela pintada por palavras. Muito lindo!

    Um beijinho :)

    PS: Deixei um miminho lá no blogue para ti.

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  19. Belo poema!!

    Feliz dia das mães e peço emprestado esse poema do nosso poeta maior e faço essa homenagem:


    Para Sempre

    Por que Deus permite
    que as mães vão-se embora?
    Mãe não tem limite,
    é tempo sem hora,
    luz que não apaga
    quando sopra o vento
    e chuva desaba,
    veludo escondido
    na pele enrugada,
    água pura, ar puro,
    puro pensamento.

    Morrer acontece
    com o que é breve e passa
    sem deixar vestígio.
    Mãe, na sua graça,
    é eternidade.
    Por que Deus se lembra
    - mistério profundo -
    de tirá-la um dia?
    Fosse eu Rei do Mundo,
    baixava uma lei:
    Mãe não morre nunca,
    mãe ficará sempre
    junto de seu filho
    e ele, velho embora,
    será pequenino
    feito grão de milho.

    Carlos Drummond de Andrade

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  20. São tantos medos e dúvidas...e desejo de tudo viver sem nada perder!
    Certamente deixamos sempre de ver ou sentir algo, precisamos estar com o coração sempre em alerta.

    Lindo!
    Beijinho.

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  21. Passando para reler!!!!

    Amiga boa semana!!

    beijossssssssssssssss

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