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terça-feira, 13 de abril de 2010
Vazio
Hoje não tenho poesia a dizer
Sêca estou como árvore ao sol
Como livro antigo que não se quer ler
Como navio ao mar sem ter farol
Hoje perdi-me em tantas lágrimas
Que sequer tive estrelas o bastante a comparar
Hoje revolvi antigas miragens
Que a tristeza cobriu-me como manto a esquentar
Hoje descobri, ainda que tardiamente
Que a ferida não cicatrizou
E o medo se apossa de maneira tão crente
Que a dor aqui no peito se petrificou
A palavra, que por vezes com amor me embala
Hoje foi espada, transpassando a alma
A sombra do que fui, ainda jaz na sala
No canto da mente que não encontra mais calma
Hoje dei a face a bater
E a esperança (sensata), não veio
Ainda prefiro a desilusão a discorrer
Pois esta não mente, fez pôrto em meu seio
Corram, rios de sal, corram pela face!
Deixem sulcos, que nem as rugas disfarcem
Em silencio hoje passei o dia
Tentando suportar o que me coube, com maestria
Hoje não tenho poesia a dizer
O chôro me encolheu
O coração se perdeu.
Hoje meu personagem sou eu.
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terça-feira, 13 de abril de 2010
Vazio
Hoje não tenho poesia a dizer
Sêca estou como árvore ao sol
Como livro antigo que não se quer ler
Como navio ao mar sem ter farol
Hoje perdi-me em tantas lágrimas
Que sequer tive estrelas o bastante a comparar
Hoje revolvi antigas miragens
Que a tristeza cobriu-me como manto a esquentar
Hoje descobri, ainda que tardiamente
Que a ferida não cicatrizou
E o medo se apossa de maneira tão crente
Que a dor aqui no peito se petrificou
A palavra, que por vezes com amor me embala
Hoje foi espada, transpassando a alma
A sombra do que fui, ainda jaz na sala
No canto da mente que não encontra mais calma
Hoje dei a face a bater
E a esperança (sensata), não veio
Ainda prefiro a desilusão a discorrer
Pois esta não mente, fez pôrto em meu seio
Corram, rios de sal, corram pela face!
Deixem sulcos, que nem as rugas disfarcem
Em silencio hoje passei o dia
Tentando suportar o que me coube, com maestria
Hoje não tenho poesia a dizer
O chôro me encolheu
O coração se perdeu.
Hoje meu personagem sou eu.
20 comentários:
Neste caso, nada melhor que um dia após o outro...
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Tinha esquecido, é que sou do pessoal do exploratório (o pessoal que perfura para achar novo campos de petroleo), se o teu cunhado trabalhar na sonda de produção (que extraem o petróleo dos campos já desenvolvidos) não devo conhecer =P
Desculpa por se avoado as vezes para demorar a responder.
Fique com Deus, menina Ana Cristina.
Um abraço.
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Nossa!!! Imagine se tivesse poesia...
ResponderExcluirlinda.
beijos
...
ResponderExcluirPerfeita, como sempre.
Beijo.
...
hoje sua falta de poesia que a mim parece tào poetica me lembra uma musica linda demais...
ResponderExcluir50 receitas, leoni... ouça lá
há dias em que o eu real subleva o eu sobrenatural que existe em nós, nesses dias somos a tristeza do mundo, o drama da guerra que é o quotidiano árido dos dias que passam sem nos avisar.
ResponderExcluirJá me senti assim, deu pra sentir cada palavrinha desse poema.
ResponderExcluirHoje sou assim também!
ResponderExcluirOlá! Acho que hoje a blogosfera está mais intimista, mais contemplativa, mais bucólica do que nunca... Lindo seu poema sem poesia. Dizem que quando dói é que o texto sai mais bonito, acho que você conseguiu isso!
ResponderExcluirMelhoras, mas não perca a inspiração.
Beijos.
Profunda e muito linda!beijos,ótima tarde pra ti!chica
ResponderExcluirQue triste isso.
ResponderExcluirMas passa, sempre passa, né?
Assim espero.
Beijo,
Nara
Embora a poesia sem poesia (segundo vc disse) esteja belíssima, espero que o seu amanhã venha com ares mais alegres!! Beijos
ResponderExcluirDE VEZ EM QUANDO SENTE-SE ESSA TRISTEZA INFINITA ROER POR DENTRO...UMA MÁGOA TÃO GRANDE,TÃO ABISMAL...QUE NENHUMA PALAVRA CONFORTA...AMIGA,ENCONTRA O TEU MOMENTO DE PAZ.
ResponderExcluirNÃO PERMITAS QUE A PERSONAGEM SE AFUNDE...FORÇA !!!
BEIJINHO
Quando dói o coração fica mesmo dificil a expressão,,,,se cala a poesia,cala tambem o poeta...lindo e triste poema....beijos de otima tarde.
ResponderExcluirLindo e lindo...Sem mais palavras.
ResponderExcluirBjos achocolatados
A tristeza... defini-la melhor implicaria senti-la.
ResponderExcluirBeijinhos :)
Como tem coragem de dizer que não tem poesia?
ResponderExcluirVocê escreve lindo demais!
Sou sua fã!
Beijos
Hoje estou completamente assim... como seu poema.
ResponderExcluirParece que vc me descreveu hj.
Beijos, Ana.
Os mais belos poemas nascem na tristeza. Esses dois últimos estão lindos embora tristes , e me fez lembrar de momentos que me senti assim.
ResponderExcluirum beijo carinhoso
Neste caso, nada melhor que um dia após o outro...
ResponderExcluirTinha esquecido, é que sou do pessoal do exploratório (o pessoal que perfura para achar novo campos de petroleo), se o teu cunhado trabalhar na sonda de produção (que extraem o petróleo dos campos já desenvolvidos) não devo conhecer =P
Desculpa por se avoado as vezes para demorar a responder.
Fique com Deus, menina Ana Cristina.
Um abraço.
A poesia está dita. A poesia está viva. A tristeza está pulsando.
ResponderExcluirAna, gosto de ler e escrever sobre tristeza. Tenho comigo a certeza que poemas de tristeza, tristeza se tinha, tristeza não se inventa, tristeza, algum tipo, era real.
beijo
E do sofrimento e da dor saiu um grande poema, com muito sentimento. Mas perfiro de longe os poemas alegres e cheios de esperança, daí que te diga joga fora as tristezas, não as alimentes, não vale a pena. Beijinhos.
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