sábado, 26 de dezembro de 2009

Menina do Morro

Menina do morro
Tu és tão criança
Mas tem a lembrança
Da fome que em ti dança
E grita por socorro
Sem esperança

A tristeza do teu peito
Os teus sonhos desfeitos
São vento e fumaça
Que sua angústia disfarça
E sorris, sem jeito
Diante do feito
Que é sobreviver
Sem do futuro saber

Maltrapilha sem passado
Sem família, insegura
Quando vem chegando a lua
Para o seu desagrado
Dorme na rua sozinha
Amargurada, sem ninho
Seu teto é a noite azulada

Ela então pede que leve embora
A solidão que aflora
Enche o peito de mágoa e chora
Por um mundo sem miséria
E enruga a testa , séria
A rogar ao Pai, e ora

Pede proteção a toda gente
Não tem amigo ou parente
Mas ao mundo pede paz
Na oração que faz
Simples, de coração presente
Por uma vida tranqüila
Sem sobressaltos, de amor crente
Ela sorri amargamente
Ao notar que sua sina corrente
Sem modéstia ou pretensão
É passar pelo mundo em vão...


..........................................

Up date: troquei a foto original, alguém reclamou. Enfim :)

6 comentários:

  1. Ainda acredito que um dia os poderosos possam "ver", imergindo da cegueira crónica em que têm estado mergulhados.

    Um beijo

    ResponderExcluir
  2. Sim, que essas crianças tenham futuro..
    Lindo texto, belíssimo! Grandiosa descrição de um problema mundial: a desigualdade social
    bjos

    ResponderExcluir
  3. E pelo mundo em vão lá se vão tantas meninas com seu grito surdo...

    Um beijo

    ResponderExcluir
  4. Uma criança na rua é uma das maiores injustiças desse mundo e uma vergonha para todos nós.
    Linda homenagem
    beijos

    ResponderExcluir

Deixe suas palavras aqui... (mas por favor, sem ctrl c ctrl v :D)

sábado, 26 de dezembro de 2009

Menina do Morro

Menina do morro
Tu és tão criança
Mas tem a lembrança
Da fome que em ti dança
E grita por socorro
Sem esperança

A tristeza do teu peito
Os teus sonhos desfeitos
São vento e fumaça
Que sua angústia disfarça
E sorris, sem jeito
Diante do feito
Que é sobreviver
Sem do futuro saber

Maltrapilha sem passado
Sem família, insegura
Quando vem chegando a lua
Para o seu desagrado
Dorme na rua sozinha
Amargurada, sem ninho
Seu teto é a noite azulada

Ela então pede que leve embora
A solidão que aflora
Enche o peito de mágoa e chora
Por um mundo sem miséria
E enruga a testa , séria
A rogar ao Pai, e ora

Pede proteção a toda gente
Não tem amigo ou parente
Mas ao mundo pede paz
Na oração que faz
Simples, de coração presente
Por uma vida tranqüila
Sem sobressaltos, de amor crente
Ela sorri amargamente
Ao notar que sua sina corrente
Sem modéstia ou pretensão
É passar pelo mundo em vão...


..........................................

Up date: troquei a foto original, alguém reclamou. Enfim :)

6 comentários:

  1. Ainda acredito que um dia os poderosos possam "ver", imergindo da cegueira crónica em que têm estado mergulhados.

    Um beijo

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  2. Sim, que essas crianças tenham futuro..
    Lindo texto, belíssimo! Grandiosa descrição de um problema mundial: a desigualdade social
    bjos

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  3. E pelo mundo em vão lá se vão tantas meninas com seu grito surdo...

    Um beijo

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  4. Uma criança na rua é uma das maiores injustiças desse mundo e uma vergonha para todos nós.
    Linda homenagem
    beijos

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