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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Conto Triste de um Coração sem Dono
Era uma vez um coração aflito
Que numa noite esqueceu seu fascínio
E foi abandonado sem triste grito
Em campo dourado, num frio escrínio
O dono do coração, sem dó ou jeito
Largou o pobre ao relento, arrancando-o do peito
E entregou-se ao desejo, ao ardor
Sem se importar com o amor
Pálida voz de acalanto
O sentimento foi expulso do corpo
Foge, vazio, com toda coragem
deixando no peito somente a miragem
Escudeiro da esperança, ele tinha amado
Acompanhando seu dono
Em mil e loucas aventuras
Agora sozinho, espera seu fardo
parceiro da noite, um cúmplice amigo
conselheiro cordato, ouvinte querido
Companheiro ele foi
das infames agonias
colhendo mágoas partidas
contando as almas perdidas
Nas noites doídas ele era o abrigo
e ouvia excelso teu pranto sofrido
Secava a lágrima do rosto afogueado
enquanto retiravas da vida o extrato
Em seus dias mais aflitos, teu coração
em silencio a noite te serenava
sem um gemido dormias tranquilo
e o pobre, nem notavas
Ermitão da paz, leão magnanimo
Juiz da saudade, escravo do animo
níveo executor, exímio ancião
Não existem palavras que definam coração
Por que hoje duvidas, sublime oração
se ele foi de sua vida a orquestra
se te estendeu, sem vaidade, a mão
e te guiou com sábia chave mestra?
Porém no supremo dia da Elevação
quando juntos um só hino cantaremos
encontrarás o paladino imortalizado
que um dia habitou em ti, adorado
Assim, no clímax da Eternidade
Quando, finalmente nos céus pernoitares
Dirás, ferido, ao guardião dos ares:
“Perecerei pela minha maldade?
Ao meu coração tolhi a verdade”
O coração com frieza responderá
“Não perjuro, peregrino andante
Foste terrível, pérfido amante
Mas sou pérola do peito saudoso
que volta arrependido, e sorri amoroso
No Paraíso serás abençoado
Amado solista, estás perdoado…”
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Conto Triste de um Coração sem Dono
Era uma vez um coração aflito
Que numa noite esqueceu seu fascínio
E foi abandonado sem triste grito
Em campo dourado, num frio escrínio
O dono do coração, sem dó ou jeito
Largou o pobre ao relento, arrancando-o do peito
E entregou-se ao desejo, ao ardor
Sem se importar com o amor
Pálida voz de acalanto
O sentimento foi expulso do corpo
Foge, vazio, com toda coragem
deixando no peito somente a miragem
Escudeiro da esperança, ele tinha amado
Acompanhando seu dono
Em mil e loucas aventuras
Agora sozinho, espera seu fardo
parceiro da noite, um cúmplice amigo
conselheiro cordato, ouvinte querido
Companheiro ele foi
das infames agonias
colhendo mágoas partidas
contando as almas perdidas
Nas noites doídas ele era o abrigo
e ouvia excelso teu pranto sofrido
Secava a lágrima do rosto afogueado
enquanto retiravas da vida o extrato
Em seus dias mais aflitos, teu coração
em silencio a noite te serenava
sem um gemido dormias tranquilo
e o pobre, nem notavas
Ermitão da paz, leão magnanimo
Juiz da saudade, escravo do animo
níveo executor, exímio ancião
Não existem palavras que definam coração
Por que hoje duvidas, sublime oração
se ele foi de sua vida a orquestra
se te estendeu, sem vaidade, a mão
e te guiou com sábia chave mestra?
Porém no supremo dia da Elevação
quando juntos um só hino cantaremos
encontrarás o paladino imortalizado
que um dia habitou em ti, adorado
Assim, no clímax da Eternidade
Quando, finalmente nos céus pernoitares
Dirás, ferido, ao guardião dos ares:
“Perecerei pela minha maldade?
Ao meu coração tolhi a verdade”
O coração com frieza responderá
“Não perjuro, peregrino andante
Foste terrível, pérfido amante
Mas sou pérola do peito saudoso
que volta arrependido, e sorri amoroso
No Paraíso serás abençoado
Amado solista, estás perdoado…”
15 comentários:
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Amiguinhos, to indo devagar aos seus blogs ler as lindas poesias e textos um pouco mais devagar hoje, por conta da enxaqueca.
ResponderExcluirMas até o final do dia, lerei tudo com carinho!
Faço por amor, gosto de ler tudo que voces escrevem.
Me sinto acompanhada , mesmo só aqui no quarto ;)
Beijo
espero que vc fique bem, li seu comentário acima...e mais uma vez uma belíssima poesia..rsrsrs...cada dia acho que vc escreve melhor, com mais sentimento. E vc não está só não!
ResponderExcluirObrigada pelos conselhos que me deixou...muito valiosos.
Se cuida!
Que lindo poema e essas enxaquecas são chatas,não? Que passe logo!beijos,chica
ResponderExcluir...ainda bem que nem a enxaqueca
ResponderExcluirtirou a inspiração da poetisa linda
de viver!
cuide-se, querida...
smackssssssssss
Que lindo, Ana!
ResponderExcluirMuito lindo mesmo!
Melhoras pra sua cabecinha, viu?
Beijo.
Não abandona seu coração, ele te guia sempre.
ResponderExcluirMelhoras
beijo
Bem, eu tb tenho enxaqueca... Oh dor que dói... rs
ResponderExcluirNossa, o texto é seu mesmo?Super lindo e profissional ok? Adorei...
Obrigada por me visitar tb
Bjs
Haaa, eu adorei a música q vc postou p mim... Adorei! Eu tb sou super velha p música... Mas afinal, são as melhores!
ResponderExcluirGostei deste poema sabes...é forte e como já deves ter reparado gosto de coisas fortes. Um coração que não é escutado e seguido leva-nos por caminhos abandonados de vida e esperança. Espero que estejas melhor da enxaqueca, dizem que é muito mau. AS melhoras, beijo
ResponderExcluir...
ResponderExcluirAdoro vir aqui.
Beijos Ana.
...
"sentimento foi expulso do corpo
ResponderExcluirFoge, vazio, com toda coragem"
O Amor é força que força.
Um beijo
Melhoras!
ResponderExcluirTem tanto coração perdido por aí =/
Minha querida
ResponderExcluirLindissimo poema, gostei muito.
Inspirado.
as melhoras.
beijinhos
Sonhadora
Essa é especial, e das que gosto... Fascínio...
ResponderExcluirMuito formosa.
E as saudades???? Como está?
Beijinhos no coração.
Muito da porreta sua poesia. O coração que ama é aquele que sabe perdoar, então, á tudo certo!
ResponderExcluirBem escrita!
bjs
O Sibarita